O fato de a direção nacional ter deixado claro que não se meteria na disputa interna, e que o candidato do PSB seria escolhido livremente pelos filiados durante a convenção, não significa que abandonou a causa. Muito pelo contrário. Os dirigentes socialistas acompanham com atenção o desenrolar do embate entre os pré-candidatos Estelizabel Bezerra e Luciano Agra.
Mais que isso, o partido quer garantias, por parte dos dois, de que não haverá “racha” após o resultado da convenção. Uma fonte do PSB revelou, inclusive, que representantes da nacional devem vir a João Pessoa nos próximos dias conversar com Estelizabel e Agra sobre o risco de uma cisão após a escolha do candidato a prefeito.
Essa preocupação teria sido um dos motivos que levaram a direção nacional a permitir que Agra dispute a indicação para se candidatar à reeleição. A cúpula socialista temia que, diante de uma negativa, Agra rompesse com o grupo do governador Ricardo Coutinho e se debandasse para a oposição. Na melhor das hipóteses, resolvesse apoiar o pré-candidato do PPS, Nonato Bandeira.
Agora, o PSB quer proporcionar uma disputa limpa, deixando com os filiados a escolha do candidato, para evitar que o grupo perdedor na convenção tenha argumentos que o levem a um eventual rompimento. Os dirigentes sabem que o PSB, unido, tem chances bem maiores de fazer o futuro prefeito. Seja com Estelizabel ou com Agra.