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Como diria o ex-deputado Manuel Gaudêncio, a política é mesmo dinâmica. Até ontem, a vereadora Raíssa Lacerda (PSD) ameaçava se integrar à bancada de oposição na Câmara Municipal de João Pessoa, em protesto contra decisão do prefeito Luciano Cartaxo (PT) de remanejar seu esposo. Hoje, a vereadora surpreendeu a todos. Não só por descartar essa tese, mas também por sugerir que a aliança entre PT e PSB se mantenha durante as eleições municipais de 2016, quando cartaxo tentará a reeleição.
Raíssa teve uma conversa com o prefeito. Conversou também com o chefe de gabinete, Zenedh Bezerra. Os dois explicaram que o marido da vereadora não havia sido exonerado do cargo e sim remanejado para outro posto equivalente. pelo jeito, Raíssa entendeu. Embora tenha votado contra matéria do Executivo, na sessão de ontem, a vereadora explicou que isso não significa rompimento político e sim divergência comum que qualquer vereador pode ter. “Continuo na base do prefeito, mas quando se trata de matéria de interesse da população posso discordar da orientação da bancada”, minimizou.
Para quem não lembra, Raíssa foi uma das primeiras aliadas a expor publicamente o rompimento do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) com o governador Ricardo Coutinho (PSB). Chegou a prever a entrega dos cargos por aliados de Cássio, no conhecido “bruft”, termo criado pela parlamentar para definir como seria a saída dos cassistas do governo estadual. Seu pai, José Lacerda Neto, foi o primeiro a deixar o governo, constrangido com as atitudes da filha. Agora, Raíssa reassume compromisso com Cartaxo, principal aliado de Ricardo Coutinho, governador reeleito para mais um mandato.