
Investigadores da Opera��o Zelotes descobriram que o filho ca�ula do ex-presidente Lula, Lu�s Cl�udio Lula da Silva, e sua empresa, a LFT Marketing Esportivo, receberam quase R$ 10 milh�es. At� agora se sabia que Lu�s Cl�udio havia embolsado R$ 2,5 milh�es da Marcondes & Mautoni, consultoria acusada de comprar medidas provis�rias.
Os novos valores apareceram ap�s quebra do sigilo banc�rio dele e da empresa de 2009 a 2015, informa a Coluna do Estad�o. A LFT foi criada em 2011. Lula tamb�m � alvo da Zelotes.
A empresa de Lu�s Cl�udio n�o tem funcion�rios registrados nem expertise em consultoria. O trabalho para a Mautoni foi copiado da internet.
Procurada, a assessoria de Lu�s Cl�udio alegou que n�o localizou os advogados e que teve pouco tempo para comentar o assunto.
Apesar do foco nas MPs, o objetivo inicial da Zelotes era investigar advogados, consultores e grandes empresas brasileiras que fraudavam decis�es no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para fugir de pesadas multas impostas pela Receita Federal. A grana que o governo brasileiro deixou de receber por causa da corrup��o nas grandes empresas chega a R$ 19 bilh�es. A investiga��o de escrit�rios de advocacia levou � conex�o com lobistas que trabalharam pela aprova��o das MPs que agora s�o alvo da opera��o.
Al�m das suspeitas sobre a compra de medidas provis�rias editadas por Lula e Dilma Rousseff, a Zelotes passou a investigar tamb�m suposta propina na compra de ca�as suecos pelo governo Dilma.
Entenda como come�ou a Opera��o Zelotes
Inicialmente, o Carf era o principal objeto de investiga��o da Opera��o Zelotes, deflagrada em 26 de mar�o de 2015 pela Pol�cia Federal, em parceria com Receita Federal, Minist�rio P�blico Federal e Corregedoria do Minist�rio da Fazenda.
O �rg�o � formado por 216 conselheiros, sendo metade indicada pela Receita Federal (representando a Uni�o) e a outra metade por confedera��es de patr�es e entidades de classe (advogados, em sua maioria, representando os contribuintes) � enquanto os funcion�rios da Receita continuam recebendo seus sal�rios, os representantes dos contribuintes n�o s�o remunerados, mas continuam exercendo suas atividades privadas.
Segundo a PF, havia mais de um grupo criminoso atuando no esquema, formado por conselheiros e advogados, com a anu�ncia de empres�rios. O esquema funcionava da seguinte forma: conselheiros que tamb�m faziam parte de escrit�rios de advocacia e consultoria ofereciam servi�os privados para defender empresas com recursos no Carf. Por meio de tr�fico de influ�ncia, aliciamento de outros conselheiros e combina��o de votos, o grupo conseguia reduzir ou at� anular as multas, muitas delas bilion�rias.
As decis�es no Carf s�o tomadas, em mais de uma inst�ncia, por grupos de conselheiros. Se o contribuinte vence a discuss�o no Carf, a Fazenda Nacional n�o pode recorrer ao Judici�rio para derrubar a decis�o. Somente as empresas, caso sofram um rev�s, podem propor uma a��o na Justi�a para questionar o entendimento.
Com R7