Institutos desafiam a Justiça Eleitoral e candidatos mantém suspeitas sobre pesquisas

O episódio envolvendo o Ibope não pode e não deve passar em branco. Está na hora da Justiça Eleitoral dar um basta em tanta distorção, para não usar outros termos, registrada em números divulgados pelos veículos de comunicação. A suposta manipulação de dados não é um problema restrito à Paraíba. É uma chaga recorrente em todo o país, reclamada por candidatos e partidos.

Para referendar uma consulta, donos de institutos costumam dizer que as reclamações partem sempre de quem está em desvantagem nos números. Pode até ser, mas isso não muda o outro lado da história. Quem contrata o instituto jamais vai querer estar em desvantagem. A menos que seja uma pesquisa para “consumo interno”, como se costuma rotular.

Partindo desse princípio, já seria possível suspeitar de qualquer pesquisa. Não quero aqui desqualificar todos os institutos de pesquisa. Com certeza, há institutos sérios e profissionais responsáveis nessa área. Mas, também podemos concluir que existem sim os “picaretas”, como em qualquer outra área. Não fosse assim, não estaríamos questionando as divergências entre os números e o resultado de tantas eleições.

Separar o “joio do trigo” seria o ideal. Tanto para os institutos e profissionais sérios, quanto para partidos e candidatos. Evitaria as reclamações justas e injustas. Evitaria as fraudes e fortaleceria a democracia. A Justiça Eleitoral sabe disso.

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