Ricardo revela déficit de R$ 1 bilhão na Previdência da Paraíba e confirma reunião com governadores do Nordeste

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O governador Ricardo Coutinho (PSB) reconhece que precisa dos recursos da repatriação e dos empréstimos já encaminhados para manter o equilíbrio nas contas públicas. Por isso assinou documento se comprometendo em adotar medidas sugeridas pelo Planalto para cortar gastos. Não que ele concorde com todas. Pelo contrário, algumas não serão seguidas. Ricardo concorda, por exemplo, que algo precisa ser feito em relação à Previdência Social. Na Paraíba, o rombo no sistema previdenciário ultrapassa R$ 1 bilhão, uma dívida impagável.

Ricardo está ciente do problema, mas não vê o aumento da contribuição, da forma que sugeriu o Governo Federal, como alternativa para resolvê-lo. “Temos que enfrentar a questão da previdência. O déficit na Paraíba chega a mais de R$ 1 bilhão. É mais que um canal Acauã-Araçagi por ano. É algo impagável. A cada ano cresce, porque você tem um aporte cada vez maior de funcionários para previdência, e consequentemente você precisa contratar mais. Portanto é uma conta que não vai fechar no Brasil. Agora, ao mesmo tempo, não adianta simplesmente aumentar uma alíquota no valor que o governo federal acha que seja necessário, sem um cálculo prévio”, afirmou.

Para reforçar sua tese, o governador paraibano lembrou que alguns Estados já adotaram uma alíquota acima de 14% para tentar estancar o prejuízo em seus sistemas previdenciários e alertou que a medida pode comprometer investimentos na área social. “É preciso ter cuidado porque nós, da Paraíba, sabemos economizar. tanto é que conseguimos caminhar diferente da maioria dos outros Estados. Mas, temos que ter atenção com a parte social. Não vim governar para pagar a folha. Tenho que ampliar como ampliei a rede hospitalar, melhorar a educação com qualidade de ensino, olhar para o estado como um todo, implantando estradas. Tenho que ter um compromisso mais amplo do que simplesmente pagar uma folha de pessoal”, afirmou.

Ricardo confirmou presença na nova reunião com os governadores do Nordeste, nesta sexta-feira, para discutir corte de gastos. O encontro servirá para aprofundamento na discussão sobre a crise econômica e sobre os recursos da repatriação. “Nem tudo (sugerido) vamos cumprir”, adiantou.

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