Como previa o l�der do governo, Herv�zio Bezerra (PSDB), o aval para a Cagepa contrair empr�stimo de R$ 150 milh�es junto � Caixa Econ�mica Federal foi aprovado hoje, por unanimidade, com uma emenda da oposi��o de autoria do deputado Frei Anast�cio (PT).

Durante a discuss�o, deputados oposicionistas ainda reclamaram da forma como a proposta foi encaminhada � Casa, mesmo ap�s os esclarecimentos do presidente da Cagepa, Deusdeth Queiroga. Eles ainda deixaram claro que pretendem acompanhar o desfecho final do empr�stimo para garantir que o dinheiro seja totalmente utilizado para pagamentos de empr�stimos contra�dos em gest�es passadas pela empresa, junto a bancos privados, como prev� a emenda de Anast�cio.

J� o l�der do governo elogiou a postura dos colegas das duas bancadas e fez quest�o de parabenizar o presidente da casa, deputado Ricardo Marcelo (PEN) pela colabora��o.

“Todos sabem que tive s�rias diverg�ncias com Ricardo Marcelo, mas n�o poderia deixar de reconhecer sua grandeza e esp�rito p�blico. Ele poderia proclastinar a vota��o. Bastava a Assembleia recorrer da decis�o do Tribunal de Justi�a, mas preferiu conctribuir com o futuro da Cagepa e de milhares de paraibanos que poderiam ser prejudicados”, afirmou Herv�zio Bezerra.

Frei Anast�cio foi autor da �nica emenda aprovada ao projeto

Os deputados devem votar, daqui h� pouco, o projeto de empr�stimo da Cagepa. O presidente Ricardo Marcelo (PSDB) havia dito que recorreria da decis�o do Tribunal de Justi�a que mandou desarquivar o projeto e que n�o havia previs�o de vota��o. Mesmo assim, a deputada Daniella Ribeiro (PP), que presidia os trabalhos, anunciou a mat�ria e determinou a forma��o de uma comiss�o especial para emitir parecer antes da vota��o em plen�rio.

Daniella suspendeu a sess�o por quinze minutos para que a comiss�o seja formada. Nesse momento, os parlamentares j� discutem o projeto.

Durval tem apoio de quase todos os vereadores

Vereadores da C�mara Municipal de Jo�o Pessoa (CMJP) confirmam, durante a sess�o desta ter�a-feira (5), apoio ao Projeto de Resolu��o que antecipa a elei��o da mesa diretora para o bi�nio 2015/2016. Eles destacaram, entre outras coisas, a soberania do Plen�rio para decidir a quest�o e elogiaram a forma como o atual presidente, Durval Ferreira (PP), vem sendo conduzido a administra��o da Casa.

Para o vereador Raoni Mendes (PDT), o Plen�rio da C�mara � soberano e, nesse caso, o desejo da maioria de apoiar a antecipa��o da elei��o � inquestion�vel. O vereador Bruno Farias (PPS) afirma que a Casa cumpriu com todos os requisitos legais previstos no seu Regimento Interno. Segundo ele, n�o h� �bices de natureza jur�dica ou pol�tica que impe�am a realiza��o antecipada desse processo de elei��o para a pr�xima quinta-feira (7). “� evidente que existem algumas insatisfa��es pontuais, mas tais insatisfa��es n�o t�m cond�o de obstruir um processo revestido de legalidade e de legitimidade”, acrescenta.

Como argumento para apoiar a recondu��o de Durval � presid�ncia, o vereador Benilton Lucena (PT) lembra a quest�o que envolveu a elei��o interna do PT sobre a candidatura pr�pria e/ou coliga��o nas �ltimas elei��es. Benilton ressalta que se as resolu��es do partido, na �poca, fossem realmente obedecidas, Luciano Cartaxo n�o teria sido nem candidato a prefeito. “Naquele momento havia duas tend�ncias: uma queria coliga��o com o PSB e outra defendia candidatura pr�pria. Ganhou, democraticamente, a que defendia candidatura pr�pria, e n�s acatamos a decis�o e trabalhamos diuturnamente na campanha de Cartaxo, que culminou em sua elei��o”, lembra o petista.

A vereadora Ra�ssa Lacerda (PSB) assegura que n�o volta atr�s em nenhuma decis�o que tomar com rela��o ao apoio � antecipa��o da elei��o da mesa diretora e � recondu��o de Durval � presid�ncia. Ela destaca o equil�brio, maestria e ombridade com que Durval vem conduzindo a Casa, desde a sua primeira gest�o. Ra�ssa conta que, enquanto algumas c�maras no Estado iniciaram seus trabalhos com brigas, o Poder Legislativo de Jo�o Pessoa instalou sua 16� Legislatura com muitos debates importantes e respeito � sociedade pessoense. A parlamentar ainda explicou que a substitui��o do seu nome na composi��o da pr�xima mesa aconteceu atrav�s de consenso.

Na opini�o do vereador Felipe Leit�o (PP), o presidente Durval Ferreira, desde que assumiu a Presid�ncia da C�mara, vem demonstrando sua preocupa��o em preservar e fortalecer a imagem do Poder, com a implanta��o da TV Aberta e com a possibilidade de criar tamb�m a R�dio FM institucional. Felipe deixa claro que o projeto de antecipa��o da elei��o da mesa est� sendo defendido e apoiado por 24 vereadores. “Isso n�o foi iniciativa do presidente, partiu de vinte e quatro parlamentares, � o resultado de uma boa gest�o. Nunca na hist�ria da Casa surgiu um presidente como Durval, que se preocupasse tanto com os pares e a imagem da institui��o”, refor�a.

O vereador Bosquinho (DEM) destaca que Durval trabalha diariamente, muitas vezes saindo da Casa tarde da noite, resolvendo quest�es administrativas, e discutindo com sua equipe melhorias para a institui��o. “Ent�o, eu vejo que um time que est� dando certo, atuando bem, n�o deve ser modificado. Isso � natural e obvio”, comenta. Bosquinho acrescenta ainda que a antecipa��o do processo vai evitar poss�veis conflitos e pol�micas, inicialmente, e futuramente vai garantir � C�mara tranquilidade, sem interrup��o, para colocar em discuss�o e apreciar mat�rias muito mais importantes e de interesse da popula��o.

O l�der da oposi��o, vereador Renato Martins (PSB), compreende que a antecipa��o do processo contempla, sem descrimina��o e distin��o, quase todos os partidos do Legislativo, inclusive o PSB, que, segundo ele, mesmo fazendo oposi��o ao governo municipal tem o vereador Zezinho Botafogo (PSB) como 2� vice-presidente da mesa, e ele (Renato) como presidente da Comiss�o de Obras e Administra��o P�blica. “Eu entendo que o papel da mesa � garantir as condi��es necess�rias e legais para que os debates ocorram e administrar a Casa. E, se isso vem ocorrendo, n�o h� motivo para n�o apoiar uma coisa que j� foi decidida”, argumenta Renato.

“N�o h� mais o que se discutir sobre esse Projeto de Resolu��o de antecipa��o da elei��o da mesa. N�o entendo o por qu� de tanta pol�mica sobre esse assunto. Um processo que tem o apoio, concreto e transparente, de vinte e quatro vereadores n�o tem mais o que discutir”, ressalta o vereador S�rgio da Sac.

O vereador Marco Ant�nio (PPS), por sua vez, entende que temas como esse e outros t�m que ser avaliados e discutidos internamente. Ele n�o v� nenhum in�cio de crise entre os Poderes Legislativo e Executivo Municipal devido ao assunto, como est� sendo levantado pela imprensa e nos bastidores. Marco lembra que tanto os vereadores que apoiam a antecipa��o da elei��o da mesa quanto os que se posicionaram contr�rios s�o da base do prefeito Luciano Cartaxo. “Mesmo assim, a bancada governista continua intacta. Uma coisa � elei��o da mesa, e outra coisa � o apoio que n�s vamos dar ao governo”, esclarece.

O vereador Marmuthe (PT do B) lamenta a resolu��o publicada pelo PT, que diz que a atua��o do Parlamento Mirim n�o � democr�tica, � injusta e excludente. “Ora, a antecipa��o desse processo � um assunto interna corporis, j� apreciado em Plen�rio, que � soberano”, rebateu o parlamentar, ao avaliar o documento do PT. De acordo com ele, n�o � porque a Casa antecipa a elei��o da mesa que os vereadores v�o mudar seu entendimento pol�tico de continuar contribuindo para o avan�o e melhoria da Capital, com di�logo e conson�ncia com o Poder Executivo Municipal. “N�o vamos misturar quest�es que s�o estritamente distintas”, garante.

“Eu n�o sei por que n�s estamos criando um cavalo de batalha com essa quest�o. Tudo j� ficou claro e decidido sobre a antecipa��o do processo. Eu, pelo menos, n�o volto atr�s. Apoio a recondu��o de Durval”, observa o vereador Jo�o dos Santos (PR).

Todos os vereadores que se pronunciaram em plen�rio negaram terem sido procurados por algu�m do governo para rever seu posicionamento.

Assessoria

Tr�colli J�nior resolveu “dar nomes aos bois”, como se diz no vocabul�rio popular, diante da contesta��o da presidente Dilma Roussef � acusa��o de que a Para�ba n�o recebe o mesmo tratamento do Governo Federal que outros Estados nordestinos. Ou melhor, o deputado deu “n�meros aos bois”.

Em entrevista � R�dio Correio, Tr�colli disse que seu gabinete fez um levantamento de n�meros oficiais e constatou que a Para�ba tem previs�o de investimentos da ordem de R$ 6 bilh�es para o per�odo entre 2011 e 2014. Uma soma razo�vel para um Estado pobre e com poucas perspectivas de desenvolvimento. Mas, o vizinho Rio Grande do Norte deve receber nada menos que R$ 20,8 bilh�es no mesmo per�odo. Ou seja, tr�s vezes mais que o nosso Estado.

Segundo o parlamentar peemedebista, a disparidade � maior ainda quando comparados aos investimentos federais em Pernambuco. Para o per�odo citado, o governo Dilma Roussef tem agendados R$ 53 bilh�es, apesar do governador Eduardo Campos (PSB) estar prestes a enfrentar a presidente nas urnas.

Os dados batem de frente com a declara��o de Dilma, na mesma emissora, negando tratamento discriminat�rio aos paraibanos em rela��o a norteriograndenses e a pernambucanos. Para Tr�colli J�nior, esses n�meros oficiais n�o atestam somente a situa��o humilhante vivida pela Para�ba, mas tamb�m a fragilidade de nossa representa��o pol�tica.

“A classe pol�tica paraibana precisa reagir. Nossa bancada federal tem que agir com mais fibra, pulso e determina��o. N�o podemos aceitar a continuidade dessa situa��o. A Para�ba n�o pode depender eternamente de migahas do Governo Federal”, afirmou o deputado peemedebista.

Apesar das provas apresentadas, a declara��o de Tr�colli J�nior didficilmente mudar� a postura de nossos representantes, principalmente os congressistas. At� porque a Para�ba precisa dos R$ 70 milh�es prometidos por Dilma para conclus�o do Centro de Conven��es e outras verbas menores para obras de infraestrutura. Na vis�o da maioria dos pol�ticos paraibanos, � melhor esperar por migalhas do que correr o risco de ficar sem nada.

Tr�colli J�nior denunciou que a Para�ba continua sendo discriminada

O deputado Herv�zio Bezerra justificou-se hoje, na Assembleia Legislativa, por n�o ter comparecido �s solenidades promovidas durante a estadia de Dilma Roussef na Para�ba. L�der do governo Ricardo Coutinho, Herv�zio ignorou sua filia��o ao PSDB e rasgou elogios � presidente da Rep�blica, pr�-candidata a reelei��o pelo PT.

Herv�zio disse que seria “uma honra” receber Dilma em solo paraibano e lamentou n�o ter presenciado a “recep��o calorosa” da fam�lia Ribeiro � petista. Citou obras como o canal Acauan/Ara�agi e o Centro de Conven��es entre as grandes realiza��es bancadas com recursos federais pelo atual governo. “Essas obras representam o desenvolvimento para as regi�es beneficiadas”, avaliou.

O l�der governista pediu � colega Daniella Ribeiro (PP), presente ao plen�rio, que transmitisse suas congratula��es ao irm�o Aguinaldo, ministro das Cidades, e ao pai, Enivaldo, ex-deputado federal, pelo prest�gio demonstrado e pela receptividade dispensada � Dilma.

Enquanto isso, no Congresso Nacional, tucanos de maior plumagem como os senadores C�ssio Cunha Lima e C�cero Lucena se especializam em cr�ticas ao governo do PT. Devem ter adorado o discurso do companheiro.

Hervasio lamentou n�o ter prestigiado a visita da presidente � Para�ba

A para�ba est� mesmo fadada a viver de migalhas. Pelo menos no que depender do Governo Federal. Ap�s v�rios adiamentos e incertezas, a presidente Dilma Roussef finalmente aterrisou no Aeroporto Castro Pinto. Mas, como de costume, os paraibanos n�o receberam qualquer garantia da execu��o de uma grande obra no Estado. Para n�o ser deselegante em sua primeira vista, a presidente “sinalizou” com a possibilidade de liberar verbas para conclus�o do Centro de Conven��es, em Jo�o Pessoa. N�o mais que isso.

Ap�s entregar im�veis do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no jardim Veneza, fruto de parceria com a Prefeitura de Jo�o Pessoa, Dilma prometeu voltar “muitas outras vezes” � Para�ba. Em discurso, destacou a forma “elegante” como foi recebida pelo governador Ricardo Coutinho e acenou com a possibilidade de liberar os R$ 70 milh�es que faltam para conclus�o das obras do Centro de Conven��es, na capital paraibana. Talvez tamb�m para n�o ser deselegante, ela disse que atenderia a um pedido conjunto de Ricardo e Luciano Cartaxo.

N�o fosse o “fantasma” da candidatura de Eduardo Campos, que ronda o Planalto e o Nordeste, a presidente nem teria vindo. Nem tampouco teria prometido liberar recursos e tamb�m n�o estaria preocupada em agradar a um governador do PSB, sem desagradar a um prefeito do PT, seu partido. Pedidos n�o lhe faltaram. No trajeto entre o aeroporto e o local da solenidade, Ricardo Coutinho entregou documento solicitando a libera��o de R$ 290 milh�es para obras no Aeroporto Castro Pinto, no Porto de Cabedelo e adutoras, al�m do Centro de Conven��es. Isso sem falar nas reivindica��es do prefeito pessoense.

Considerando somente o montante reivindicado pelo governador, os recursos prometidos por Dilma n�o passam de migalhas. E n�o se tem certeza de que passar�o de promessa de uma campanha eleitoral antecipada. Isso sem contar com a d�vida acumulada do Governo Federal com a Para�ba, que jamais recebeu o mesmo tratamento dado a Estados vizinhos.

De concreto, pelo menos para Jo�o Pessoa, o saldo da visita presidencial foram os apartamentos entregues no Jardim Veneza. Diga-se de passagem, com ou sem a presen�a de Dilma, os novos moradores recebriam os im�veis da Prefeitura da Capital, parceira da obra.

A presidente Dilma Roussef passou poucas horas em Jo�o Pessoa e seguiu para Campina Grande