O prefeito municipal de Bayeux, Expedito Pereira, negou qualquer abuso na contratao de pessoal, com inchao da folha de pagamento, conforme noticiado por este Portal. Ele lembrou que ao assumir a edilidade em 1 de janeiro, constatou a existncia de aproximadamente dois mil servidores efetivos e comissionados e j fez trs convocaes de aprovados em concursos realizados em 2012.
Alm desse quantitativo, tambm herdamos os respectivos salrios, relativos ao ms de dezembro passado, que pagamos dentro do ms de janeiro, afirmou Dr. Expedito, como popularmente conhecido. Dentre esses salrios, constaram os de cem guardas municipais e agentes de trnsito, contratados pelo ex-prefeito J. Junior, com remuneraes acima da mdia dos demais.
*Previso legal*
Ele destacou ainda que as contrataes de servidores por excepcional interesse efetuadas neste primeiro semestre de sua gesto, foram autorizadas atravs de lei aprovada pela Cmara de Vereadores, aps consultas realizadas junto ao Ministrio Pblico e Tribunal de Contas estaduais, para minimizar dficit de funcionrios em setores essenciais como sade e educao, deixado na administrao anterior.
Nossas licitaes so lcitas, ao contrrio das efetuadas pelo meu antecessor, declarou Expedito, referindo-se notcia-crime instaurada pelo Tribunal de Justia para apurar a admisso pelo ex-prefeito do municpio, sem qualquer previso legal. Segundo a denncia, J. Junior contratou, sem prvio concurso pblico e sem qualquer embasamento legal, 1.442 servidores durante o exerccio de 2009; 1.543 em 2010 e outros 1.821 em 2011, totalizando 4.806 contrataes ilcitas.
Em sua denncia, o subprocurador-geral de justia Nelson Lemos enfatizou: Isso no impediu que o prefeito, sem qualquer limite e em manifesto e obstinado desrespeito regra constitucional do servio pblico, implantasse em Bayeux o padro de efetuar em larga e desmedida escala, contrataes ilcitas de servidores, submetidas nica e exclusivamente ao imprio de sua vontade pessoal, porque no precedidas de qualquer critrio ou procedimento de seleo pessoal.
Ao Ministrio Pblico, Aldeni afirmou que sua admisso se deu aps promessa de campanha eleitoral no cargo de auxiliar de servio da Policlnica Benjamim Maranho, funo que teria exercido, informalmente, at o final de junho de 2007.
Segundo a pea acusatria, restou configurado o crime de responsabilidade, pois em nenhum momento a Prefeitura juntou o contrato temporrio que diz ter motivado a admisso por utilidade pblica, alm do que no consta registro na CTPS do contratado e nem existiu qualquer portaria de nomeao ou exonerao. Uma eventual condenao pode resultar, alm de sua priso, em perda do mandato e inabilitao, por cinco anos, para o exerccio de cargo ou funo pblica, eletivo ou de nomeao.
*Estranho silncio *
Dr. Expedito lamentou que, mesmo diante desse e outros desmandos praticados por seu aliado, o deputado Domiciano Cabral nunca o tenha criticado, da mesma forma que jamais criticou outras ilegalidades apontadas pela Corte de Contas e Ministrio Pblico, nem muito menos de qualquer outra gesto, a exemplo daquela sob a responsabilidade de sua prpria esposa, acusada por imbrobidade administrativa e que rendeu-lhe a pecha de ficha suja.
Por fim, ele desmentiu que seja ausente do municpio, como reclamado pelo deputado Domiciano. Todos os dias posso ser encontrado em meu gabinete, despachando, ou nas ruas, visitando comunidades e inspecionando obras, ao contrrio dele, que caiu num descrdito total em Bayeux, por s aparecer em perodos eleitorais, o que pode ser atestado na votao obtida nas ltimas eleies, concluiu.
*Prefeitura Municipal de Bayeux*
Coordenao de Comunicao