Lenildo Morais tambm condena mudana de partido de Luciano Cartaxo. “Foi suicdio poltico”

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Vice-prefeito de Patos e atual secretrio estadual de Agricultura Familiar, Lenildo Morais tambm condenou a postura de Luciano Cartaxo, ao trocar o PT pelo PSD, e avaliou como “suicdio poltico’ a deciso do prefeito de Joo Pessoa. Alm disso, Lenildo criticou a forma como Cartaxo conduziu a operao, lembrando que o prefeito j dava sinais de que pretendia deixar a legenda petista. “Para mim, no foi novidade. Tambm no surpresa o fato dele estar ‘namorando” com a base do senador Cssio Cunha Lima”, disparou.

Segundo o secretrio, a “desculpa” dada por Cartaxo para deixar o PT no convenceu e a militncia petista certamente vai cobrar essa postura do prefeito durante a campanha eleitoral. “A militncia no perdoa esse tipo de postura e com certeza no vai perdo-lo (a Cartaxo)”, previu.

Se assim, Cartaxo deve se preparar para futuros embates.

STF probe doaes de empresas a candidatos e partidos; Regra vale para as eleies de 2016

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Depois de um ano e nove meses, o STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu nesta quinta-feira (17) o julgamento da proibio das doaes de empresas a candidatos e partidos polticos.

Por 8 votos a trs, o tribunal considerou as doaes inconstitucionais. A ao que contestou as contribuies empresariais no financiamento poltico foi movida em 2013 pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com o argumento de que o poder econmico desequilibra a disputa eleitoral.

Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Corte, a proibio j vale para as eleies municipais de 2016, “salvo alterao legislativa significativa”.

Na ltima quinta-feira (10), a Cmara dos Deputados derrubou o veto do Senado e aprovou projeto de lei que permite doaes de empresas a partidos, num limite de R$ 20 milhes. O texto seguiu para a sano da presidente Dilma Rousseff (PT), mas a deciso de hoje no STF pode levar a presidente a vetar a nova legislao. A petista tem at o dia 30 para avaliar o projeto.

Nas eleies de 2014, 70% do dinheiro arrecadado por partidos e candidatos veio de empresas. Pela lei atual, pessoas jurdicas poderiam doar at 2% do faturamento bruto do ano anterior ao das eleies. Pessoas fsicas tambm podem fazer doaes, no limite de 10% de seu rendimento. Essa possibilidade foi mantida pelo STF.

O julgamento comeou em dezembro de 2013 e foi interrompido duas vezes. Em 2013, o ministro Teori Zavascki pediu vista e, em abril de 2014, o ministro Gilmar Mendes fez o mesmo. O julgamento s foi retomado nesta quarta-feira (16). Ontem, Mendes votou pela permisso das contribuies eleitorais das empresas. Tambm votou favoravelmente o ministro Teori Zavascki e Celso de Mello, o ltimo a votar nesta quinta.

Argumentos a favor de proibir as doaes
A ministra Rosa Weber afirmou em seu voto que as doaes privadas desequilibram as chances dos candidatos, favorecendo aqueles que conseguem mais contribuies empresariais. “ de rigor, pois, concluir, que a influncia do poder econmico transforma o processo eleitoral em jogo poltico de cartas marcadas”, afirmou Weber.

J a ministra Crmen Lcia, que tambm votou nesta quinta-feira, acompanhou o relator no julgamento da inconstitucionalidade das doaes, e usou um argumento defendido por outros ministros, de que as doaes levam a um “abuso” do poder econmico. “Se no h regras expressas [na Constituio], considero que o esprito da Constituio me leva a pedir vnia dos votos divergentes para acompanhar o relator”, afirmou Lcia.

Em 2013, quatro ministros j haviam votado a favor de mudar a lei e proibir o financiamento por empresas. Foram eles: Joaquim Barbosa (que j se aposentou da Corte), Luiz Fux, Dias Toffoli e Lus Roberto Barroso.

E, em abril de 2014, os ministros Marco Aurlio Mello e Ricardo Lewandowski tambm votaram contra a doao por empresas.

“No Brasil, os principais doadores de campanha contribuem para partidos que no tm identidade poltica e se voltam para obteno de acordos com o governo. As empresas investem em todos os candidatos que tm chance de vitria”, afirmou Marco Aurlio ao votar.

“O financiamento fere profundamente o equilbrio dos pleitos, que nas democracias deve se reger pelo princpio do ‘one man, one vote’ [um homem, um voto]”, disse Lewandowski.

“O financiamento pblico de campanha surge como a nica alternativa de maior equilbrio e lisura das eleies. Permitir que pessoas jurdicas participem do processo eleitoral abrir um flanco para desequilbrio da dicotomia pblico-privada”, afirmou Dias Toffoli.

“O papel do direito procurar minimizar o impacto do dinheiro na criao de desigualdade na sociedade e acho que temos uma frmula que potencializa a desigualdade em vez de neutraliz-la”, disse Lus Roberto Barroso.

Argumentos contrrios proibio de doaes
“O que a Constituio combate a influncia econmica abusiva”, disse o decano Celso de Mello. “Entendo que no contraria a Constituio o reconhecimento da possibilidade de pessoas jurdicas de direito privado contriburem mediante doaes a partidos polticos e candidatos, desde que sob sistema de efetivo controle que impea o abuso do poder econmico”, afirmou o ministro.

Em complemento ao seu voto nesta quinta-feira, Zavascki voltou a afirmar que no h na Constituio a proibio expressa s doaes empresariais. No entanto, o ministro defendeu que o STF proponha a proibio de doaes de empresas com contratos com o poder pblico e que doem a candidatos rivais. “ possvel afirmar que certas vedaes constituem em decorrncia natural do sistema constitucional”, afirmou o ministro.

Gilmar Mendes, por sua vez, fez um voto duro, com muitas crticas ao PT, partido da presidente Dilma Rousseff. Em seu voto, o ministro argumentou que a proibio das doaes empresariais tornaria necessrio o financiamento pblico, feito com recursos do governo, de gastos elevados das campanhas. Ele tambm argumentou que a proibio “asfixiaria” os partidos de oposio. “Nenhuma dvida de que ao chancelar a proibio das doaes privadas estaramos chancelando um projeto de poder. Em outras palavras, restringir acesso ao financiamento privado uma tentativa de suprimir a concorrncia eleitoral e eternizar o governo da situao”, declarou.

Com UOL

No foi s o PT que levou “rasteira” de Cartaxo; Joo Gonalves tambm se queixa e ameaa at “bater chapa” com novo filiado

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No foi somente o PT que ficou surpreso com a mudana repentina de partido do prefeito de Joo Pessoa, Luciano Cartaxo. O deputado estadual Joo Gonalves (PSD), no apenas estranhou como reprovou a forma como o novo filiado foi introduzido na legenda presidida pelo deputado federal Rmulo Gouveia. Ex-vereador e ex-candidato a prefeito da Capital, Gonalves alega que sequer foi comunicado e muito menos participou das discusses que antecederam a chegada de Cartaxo.

Sentindo-se desprezado, Gonalves ficou mais chateado ainda porque, segundo ele, Rmulo Gouveia havia lhe convidado para ser candidato a prefeito em 2016. Gonalves garante que estava pensando no assunto, mas foi “atropelado” pela mudana de partido do atual prefeito. Mesmo assim, o deputado assegurou que no pretende se intimidar. “Sou pr-candidato do PSD. Se for o caso, bateremos chapa”, avisou.

Ser Joo estiver falando srio pode gerar problemas para o prefeito.

Frei Anastcio distribui nota sobre sada de Cartaxo do PT e chama prefeito de “covarde e oportunista”

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O deputado Frei Anastcio distribuiu nota com a imprensa, na tarde desta quinta-feira, atravs de ua assessoria, comentando a sada de Luciano Cartaxo do PT. Anastcio classificou o prefeito de “covarde e oportunista”, acusando-o de usar o partido para alcanar seus interesses pessoais. Anastcio disse ainda que Cartaxo s foi para outro partido porque sabe que no ter o apoio do governador Ricardo Coutinho e “est indo para os braos de Cssio Cunha Lima”.

Abaixo, a nota na ntegra:

Frei Anastcio classifica sada de Luciano do PT como oportunismo pessoal e covarde

A deciso do prefeito da Capital, Luciano Cartaxo, de sair do PT para o PSD um ato de puro oportunismo pessoal. Ele foi para um novo partido, depois da certeza de que no tem nenhuma chance de apoio do governador Ricardo Coutinho nas eleies do prximo ano. Com isso, est indo para os braos de Cssio Cunha Lima em busca de alguma chance de reeleio, disse o deputado estadual Frei Anastcio (PT), que est em Braslia num encontro nacional representando a Assembleia Legislativa.

O deputado disse ainda que Luciano Cartaxo se aproveitou do PT e da militncia do partido para chegar prefeitura da Capital e, depois de realizar esse objetivo, abandonou a legenda na primeira crise que apareceu. Ele nunca foi um petista de verdade. Apenas usou a legenda para seus projetos pessoais, afirmou o deputado.

O parlamentar tambm criticou o discurso do prefeito em relao a citao de que Joo Pessoa no pode ser penalizada pela crise instalada no governo do PT. A sada do prefeito para o PSD ir trazer mais reursos para Joo Pessoa?, indagou o deputado, acrescentando que nenhum petista paraibano est envolvido em escndalos.

O parlamentar criticou ainda a afirmao do prefeito que disse em seu pronunciamento que estaria tomando uma deciso corajosa. Em minha opinio, ele tomou uma posio covarde. No momento em que o partido mais precisa da posio dele como liderana, ele simplesmente dar um chute em toda uma histria conseguida com ajuda da legenda e ainda tem a cara de pau de citar a crise nacional como motivo, afirmou.

Frei Anastcio disse ainda que foi um dos grandes defensores do nome de Luciano Cartaxo para vice-governador na chapa de Jos Maranho e depois para prefeito de Joo Pessoa. Eu sempre achei que Luciano s defendia seus projetos pessoas, mas fiz tudo isso em nome do partido. Mas, uma coisa certa, no sabia que ele era to covarde ao ponto de cuspir no prato em que comeu durante dcadas, afirmou o deputado.

De acordo com Frei Anastcio, o prefeito em seu discurso deixou transparecer tambm que tudo que fez em Joo Pessoa foi atravs dos seus esforos, sem precisar do governo federal. Mas, a maioria das obras do municpio tem ajuda do governo Dilma e ele no pode negar, disse o deputado.

Contradio do prefeito

Frei Anastcio tambm apontou uma contradio na deciso do prefeito em sair do PT. Como que ele sai do PT criticando o governo e vai para um partido da base de sustentao?, perguntou o deputado, respondendo ao mesmo tempo, que isso mais um ato de oportunismo do prefeito para tentar continuar usufruindo das polticas do governo Dilma. Ele deveria ter ido logo para um partido de oposio, j que deixou o PT criticando o governo federal que petista, finalizou o deputado.

Ascom Frei Anastcio

PT convoca reunio de emergncia e pode anunciar rompimento com Cartaxo nesta sexta-feira

Vereador Benilton Lucena (Imagem da Internet)

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A direo estadual do PT se rene, de forma extraordinria, nesta sexta-feira para se posicionar sobre a deciso do prefeito de Joo Pessoa, Luciano cartaxo, que deixou o partido para se filiar ao PSD, do deputado federal Rmulo Gouveia. O presidente do diretrio estadual, Charliton Machado, no quis antecipar posio, mas nao descartou o distanciamento do PT do prefeito.

“No quero me precipitar. Sabemos que algumas pessoas j disseram que acompanham o prefeito. temos que fazer esse levantamento porque implica, inclusive, em mudanas nos diretrios. Acho que foi um equvoco do prefeito, mas quem vai decidir o que fazer o partido de forma coletiva”, afirmou Machado.

O PT tem dois vereadores na Cmara Municipal: Benilton Lucena e Flvio Eduardo Fuba. Os dois integram a bancada de Cartaxo. Como o PSD faz parte da base da presidente Dilma Roussef, o prefeito espera manter o apoio dos petistas. Mas, pela maneira como deixou o PT, sem consultar nem comunicar a ningum, dificilmente ele conseguir convencer os dirigentes petistas a manterem os vereadores em sua bancada.

“Direo nacional ficou perplexa com deciso de Luciano Cartaxo”, revela presidente do PT

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O presidente do diretrio estadual do PT, Charlinton Machado, tambm no foi consultado e s foi comunicado pelo prefeito Luciano cartaxo meia hora antes do anncio de sua deciso. “No houve qualquer reunio. Ele apenas me telefonou meia hora antes (do anncio) alegando que precisava construir outro caminho e ampliar o arco de alianas”.

Charliton comunicou o fato ao presidente nacional do PT, Ruy Falco, que teria ficado perplexo com a deciso do prefeito de Joo Pessoa. “Falei para o Ruy (Falco) que o prefeito havia me comunicado sobre a deciso de desfiliao. Ele ficou perplexo porque no havia motivo para isso”, contou.

Parece que a mudana foi “costurada” em absoluto segredo.

Deputado Ansio Maia no foi consultado sobre deciso de Luciano Cartaxo e garante que “fica com PT”

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O deputado Ansio Maia no foi consultado sobre a mudana de partido do prefeito Luciano Cartaxo. Pela manh, na Assembleia Legislativa, Ansio voltou a se queixar do “lenga-lenga” envolvendo uma possvel aliana entre PT e PSB em Joo Pessoa, passando pelo apoio dos socialistas reeleio do atual gestor. Ansio, segundo assessores, estria agora numa reunio discutindo o novo quadro, mas j teria se posicionado em relao ao assunto: “Fico no PT e com o PT”, sustentou.

A reao do parlamentar, caso se confirme, deixa claro que Ansio no segue o prefeito de Joo Pessoa em sua filiao ao PSD, do deputado federal Rmulo Gouveia. Tambm d a entender que o deputado, se tiver que optar, fica com o PT e no com cartaxo, de quem at agora foi o principal porta-voz na Assembleia Legislativa. Alm de surpreso, Ansio parece decepcionado com o prefeito por no ter sido sequer avisado da deciso.

Cartaxo credita sada aos escndalos envolvendo o PT. “No posso pagar por erros de terceiros”

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O prefeito Luciano Cartaxo creditou sua sada do Partido dos Trabalhadores “aos escndalos envolvendo o PT” em nvel nacional. Ele disse que no pode pagar “pelos erros de terceiros” e quem vem sendo abordado nas ruas para que explique as denncias envolvendo companheiros de partido em Braslia.

“No podemos perder tempo para dar essas explicaes. Temos que continuar trabalhando por Joo Pessoa. No posso responder por erros de terceiros e a cidade tambm no pode ser penalizada pelo que ocorre no cenrio nacional”, afirmou Cartaxo, durante coletiva em hotel na praia do Cabo Branco.

Luciano deu a entender que obras importantes para a cidade estariam paralisadas por falta de recursos, j que a liberao pelo Governo federal est suspensa por conta dos ajustes para superar a crise econmica.

O prefeito tambm justificou a sada de Luclio Cartaxo, seu irmo, da Companhia Docas. “Luclio foi indicado pela direo estadual do PT, assim como Lenildo Morais. nada mais natural que a entrega do cargo”, sustentou.

Luciano cartaxo evitou falar na presidente Dilma Roussef e no governador Ricardo Coutinho, em sua explanao inicial na coletiva. Disse apenas que estava tomando uma deciso corajosa, um ano antes da eleio, e que as questes eleitorais ficaro para 2016.

Mais informaes em alguns instantes.

Luclio segue irmo, entrega cargo a Ricardo Coutinho e leva dois vereadores para o PSD

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Os vereadores Srgio da Sac e Professor Gabriel tambm anunciaram filiao ao PSD do deputado federal Rmulo Gouveia. Mesma posio assumida pelo irmo do prefeito, Luclio cartaxo, que renunciou presidncia do diretrio do PT em Joo Pessoa. Alm da presidncia do diretrio, Luclio entregou tambm o cargo de diretor da Companhia Docas, que administra o Porto de Cabedelo, o que confirma rompimento poltico dos irmos com o governador Ricardo Coutinho (PSB).

A expectativa com, alm da justificativa do prefeito, o pronunciamento dos dirigentes do PT e dos vereadores Benilton Lucena e Flvio Eduardo Fuba.

Cartaxo abandona PT de Dilma, anuncia filiao ao PSD e confirma rompimento com o governador Ricardo Coutinho

O prefeito Luciano Cartaxo acaba de anunciar sua sada do PT e filiao ao PSD, do deputado federal Rmulo Gouveia. A mudana significa tambm a oficializao do rompimento com o governador Ricardo Coutinho (PSB), abrindo caminho para negociaes com o senador Cssio Cunha Lima (PSDB), adversrio do PT, de Dilma Roussef, e de Ricardo.

Cartaxo convocou a imprensa para uma coletiva onde revelaria “fatos polticos relevantes”.