Quando convocou coletiva para explicar as denúncias que fez contra o secretário de Administração Penitenciária, Walber Virgulino, o deputado federal Luiz Couto criou imensa expectativa no seu eleitorado e em toda a sociedade paraibana. Esperava-se que ele não só confirmasse a denúncia, como também desse mais detalhes sobre o suposto esquema para matá-lo. Mas, Couto alimentou também, por outro lado, a esperança de alguns de que encontraria uma maneira de dizer que a coisa não era bem assim. Ou seja, de transformar tudo em pizza, em nome de sua aliança com o governador Ricardo Coutinho.
O deputado optou pela primeira hipótese. Mais do que isso, ainda “bateu de frente” com Ricardo ao revelar que o procurou para contar o que estava acontecendo e não foi atendido. Negou também que tenha sido procurado pelo governador após as denúncias. Se não bastasse, Luiz Couto colocou à disposição do ainda aliado os cargos públicos estaduais ocupados por gente que indicou.
A atitude do parlamentar foi aplaudida não só dentro, mas também fora do PT e reabriu horizontes para uma possível unidade no partido de Dilma na Paraíba, coisa jamais vista. Além de ganhar pontos na disputa interna, onde disputa a presidência do diretório estadual, Couto pavimentou o caminho para sua reeleição em 2014 ou até, quem sabe, para busca de um cargo majoritário.
Desde que mantenha a postura adotada e siga em frente. Se recuar, tudo volta a ser como antes e o padre voltará a depender do humor dos companheiros de partido para se manter na vida pública, caso perca o PED, e de suas rezas.