N�o foi somente o senador paraibano C�ssio Cunha Lima, l�der do PSDB, que estranhou a decis�o do Senado de manter os direitos pol�ticos da presidente Dilma Roussef. �, no m�nimo, contradit�rio (para n�o dizer vergonhoso) permitir que um pol�tico rec�m cassado possa continuar disputando elei��es. Talvez por isso tenha alcan�ado tanta repercuss�o a den�ncia do tucano sobre um suposto acordo entre Dilma, o PT e Eduardo Cunha, do PMDB.
C�ssio desconfia que as partes tramaram para que senadores dos dois partidos votassem pela manuten��o dos direitos pol�ticos da petista em troca do mandato de Cunha, que tamb�m dever� ser julgado no pr�ximo dia 12 de setembro. “O acordo dever� repercutir no processo de cassa��o de Eduardo Cunha”, previu.
Cunha � acusado de quebra de decoro parlamentar por omitir contas banc�rias mantidas no Exterior.
Com ou sem acordo, pelo menos a primeira consequ�ncia j� foi registrada. Para surpresa dos brasileiros, Dilma est� livre para tentar ludibriar novamente os eleitores. E essa decis�o poder� “melar” a rela��o at� agora mais que harmoniosa entre PT e PSDB. Os tucanos, como revelou o senador C�ssio, consideram o acordo um ato de deslealdade dos peemedebistas, j� que tudo foi feitas “�s escondidas”.
Mais uma batata quente para o governo Temer.