Ano eleitoral é ano de especulação e, até as convenções de junho, muitas conjecturas e suposições serão discutidas antes da escolha das chapas e definição das coligações. Uma delas, talvez a mais recente, envolve a polêmica aliança entre PSDB e PSB e indica que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) não só estaria decidido a ser candidato a governador em outubro próximo, como já teria uma chapa de sua preferência, praticamente fechada.
Nessa chapa estariam Luciano Agra (vice) e Rômulo Gouveia (Senado). De quebra, o ex-senador Efraim Morais como primeiro suplente do “Gordinho”. A ideia, segundo pessoas ligadas ao senador, seria ocupar o máximo de espaços nos dois principais colégios eleitorais, colocando Agra como contraponto a Ricardo Coutinho na principal base do governador e ainda atrair o atual vice-governador, disposto a concorrer ao Senado “em qualquer circunstância”, para o palanque da oposição.
Tanto Rômulo quanto Agra já demonstraram simpatia pela candidatura de Cássio. Com uma chapa dessas então…De acordo com cassistas que propagam a tese, restaria apenas uma conversa definitiva do senador com o governador, antes do anúncio formal da decisão do tucano, prevista para o final do mês.
O vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira é um dos principais entusiastas da composição. Ele acredita que a chapa teria amplas condições de vencer as eleições e desbancar Ricardo e o PSB. Por isso, o presidente do PPS trabalha incansavelmente para viabilizar o novo cenário.
De fato, uma chapa desse porte daria a Cássio não apenas uma situação privilegiada em Campina Grande, onde já desponta como favorito, mas também condições de, no mínimo, reduzir uma eventual vantagem de Ricardo na Capital. O tucano contaria ainda com um verdadeiro exército de partidos em seu palanque, a exemplo do PSDB, PPS, DEM, PSD e PEN, que tem clara e pública simpatia pela candidatura do senador, sem contar com legendas menores que seriam atraídas pela força da coligação. Tudo isso garantiria a Cássio tempo de televisão suficiente para expor suas ideias e programa de governo.
O único problema é que tudo não passa de especulação. Dependendo da decisão de Cássio, Nonato e outros estrategistas de plantão podem acabar morrendo na praia.