Cícero Lucena muda discurso, cobra vaga de senador e pode atrapalhar alianças “costuradas” por Cássio

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O senador Cícero Lucena foi um dos primeiros a defender a candidatura de Cássio Cunha Lima ao Governo do Estado. Junto com Ruy Carneiro, Cícero segurou a bandeira da candidatura própria até o PSDB decidir romper com o governador Ricardo Coutinho (PSB) para enfrentá-lo nas urnas. Até sacrifícios o homem fez.

Antes da decisão, Cícero garantiu a Cássio e ao PSDB que sua possível candidatura à reeleição não seria obstáculo para construção de uma aliança ampla, que garantisse sustentação política ao projeto tucano. Além das promessas internas, Cícero também deu declarações públicas nesse sentido.

Mas, de repente, não é que o senador mudou de ideia. E de discurso também. Após a candidatura do PSDB tornar-se irreversível e seu nome aparecer bem nas pesquisas eleitorais, desapareceu o Cícero “bonzinho e solidário” e entrou em cena o Cícero “carrasco e egoísta”.

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O senador passou a cobrar do partido e de Cássio participação na chapa majoritária, como sinal de reconhecimento por sua lealdade. Como se só ele fosse leal e merecesse tratamento diferente. Como se Ruy Carneiro, por exemplo, que aceita qualquer sacrifício em nome do partido, não tivesse o mesmo direito de pleitear a vaga para o Senado.

Pelo que disse, na imprensa, Cícero considera muito mais importante disputar a reeleição que atrair grupos como o do ex-senador Wilson Santiago, presidente do PTB, que tem tempo de televisão e cerca de 40 prefeitos como seguidores, estrutura nada desprezível para uma campanha que promete ser das mais acirradas. “Sou mais importante que 40 segundos de televisão”, teria dito o senador tucano.

De fato, não se pode compará-lo a 40 segundos de televisão. Nem seu discurso de antes com o de hoje.

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