O deputado paraibano Hugo Motta (PMDB) assumiu a presidncia da CPI da Petrobras botando banca. Bateu boca com colegas e repreendeu depoentes que tentaram desmoralizar o trabalho da comisso. Apesar da pouca idade, agiu sempre como “gente grande”. Demorou, mas acabou “pisando na bola”. Hugo props com toda pompa, em reunio da CPI, que fosse solicitada a exumao do corpo do ex-deputado federal Jos Janene (PP), envolvido at os olhos no escndalo de corrupo da Petrobras. Alegou ter recebido informaes de que a viva de Janene teria duvidado de sua morte.
Mas, a euforia de investigador de Hugo Motta durou pouco. No resistiu uma declarao de Stael Fernanda Janene negando ter se pronunciado nesse sentido e considerando “fantasiosa” a histria contada pelo presidente da CPI da Petrobras. Hugo havia revelado que “a viva disse que o caixo chegou lacrado e existem fortes indcios de que ele possa estar vivo. Ningum viu Janene morto. Sua imaginao chegou a suscitar que Janene estaria em algum lugar da Amrica Central.
Errou “por pouco” na localizao. Janene foi declarado morto, oficialmente, no Incor, em So Paulo, onde aguardava transplante de corao e faleceu aos 55 anos, em 2010. Alm dos holofotes, Motta s conseguiu magoar ainda mais a famlia do defunto, humilhada com a incluso do seu nome no maior escndalo de corrupo que a Repblica j presenciou.
Ao invs de buscar mdia, deveria o “valente” deputado se preocupar um pouco mais com o que ouve e, principalmente, com o que diz. Se da terra de onde ele veio, ningum o grita, como bradou o valoroso presidente da CPI, no cargo que ocupa ele no deveria dar razo a devaneios.