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O empresrio Raimundo Lira entrou “pela janela” no Senado Federal, aps o titular do mandato Vital do Rego Filho renunciar para assumir vaga de ministro do Tribunal de Contas da Unio. Como primeiro suplente do PMDB, Lira herdou a vaga de senador e imprimiu ritmo de trabalho acima da mdia, diferente do que fez quando representou a Paraba no mandato anterior, conquistado atravs do voto direto do eleitor.
Talvez para compensar a forma como conseguiu chegar ao Senado, Lira adotou postura diferente, de olho em novas conquistas. No por acaso, assegurou o apoio do PMDB para presidir a to propalada Comisso Especial de Impeachment da presidente Dilma Roussef (PT). E deu conta do recado. Alis, mais que isso: portou-se como magistrado e convenceu, ao ponto de ser cotado para novas misses, uma delas, de lder do governo no Senado.
O trabalho na Cmara Alta, principalmente no processo de afastamento da presidente petista, projetou Lira tambm para disputar a reeleio em 2018. Seja ao lado do colega Cssio Cunha Lima ou do governador Ricardo Coutinho, adversrios e, a preo de hoje, postulantes mesma vaga. Outro favor que estimula Lira a tentar renovar o mandato que, ao contrrio de 2014, o eleitor paraibano escolher dois senadores. Ou seja, o parlamentar campinense ter uma chance a mais de vitria. Nas eleies anteriores, havia apenas uma vaga conquistada pelo ex-governador Jos Maranho.
Mesmo assim, Raimundo Lira se mostra cauteloso quanto ao futuro. Ele j avisou que s ser candidato se tiver aval da opinio pblica em reconhecimento ao seu trabalho. Mais consciente e “p no cho”, o Lira de hoje bem diferente daquele que achava que venceria qualquer eleio apenas com dinheiro.