A paraba est mesmo fadada a viver de migalhas. Pelo menos no que depender do Governo Federal. Aps vrios adiamentos e incertezas, a presidente Dilma Roussef finalmente aterrisou no Aeroporto Castro Pinto. Mas, como de costume, os paraibanos no receberam qualquer garantia da execuo de uma grande obra no Estado. Para no ser deselegante em sua primeira vista, a presidente “sinalizou” com a possibilidade de liberar verbas para concluso do Centro de Convenes, em Joo Pessoa. No mais que isso.
Aps entregar imveis do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no jardim Veneza, fruto de parceria com a Prefeitura de Joo Pessoa, Dilma prometeu voltar “muitas outras vezes” Paraba. Em discurso, destacou a forma “elegante” como foi recebida pelo governador Ricardo Coutinho e acenou com a possibilidade de liberar os R$ 70 milhes que faltam para concluso das obras do Centro de Convenes, na capital paraibana. Talvez tambm para no ser deselegante, ela disse que atenderia a um pedido conjunto de Ricardo e Luciano Cartaxo.
No fosse o “fantasma” da candidatura de Eduardo Campos, que ronda o Planalto e o Nordeste, a presidente nem teria vindo. Nem tampouco teria prometido liberar recursos e tambm no estaria preocupada em agradar a um governador do PSB, sem desagradar a um prefeito do PT, seu partido. Pedidos no lhe faltaram. No trajeto entre o aeroporto e o local da solenidade, Ricardo Coutinho entregou documento solicitando a liberao de R$ 290 milhes para obras no Aeroporto Castro Pinto, no Porto de Cabedelo e adutoras, alm do Centro de Convenes. Isso sem falar nas reivindicaes do prefeito pessoense.
Considerando somente o montante reivindicado pelo governador, os recursos prometidos por Dilma no passam de migalhas. E no se tem certeza de que passaro de promessa de uma campanha eleitoral antecipada. Isso sem contar com a dvida acumulada do Governo Federal com a Paraba, que jamais recebeu o mesmo tratamento dado a Estados vizinhos.
De concreto, pelo menos para Joo Pessoa, o saldo da visita presidencial foram os apartamentos entregues no Jardim Veneza. Diga-se de passagem, com ou sem a presena de Dilma, os novos moradores recebriam os imveis da Prefeitura da Capital, parceira da obra.