A diretoria do Botafogo, tendo a frente o presidente Nelson Lyra, no demonstrou fora de campo a mesma habilidade que os jogadores apresentaram para vencer o Juventude de Caxias do Sul no Almeido, resultado que levou o clube ao ttulo indito de campeo brasileiro da Srie D. Ao invs de capitalizar a conquista e garantir apoios para os futuros desafios, os dirigentes preferiram o caminho contrrio e acabaram “comprando uma briga” do Governo do Estado com a Prefeitura de Joo Pessoa, principais patrocinadores do clube.
Bastava um pouquinho de “jogo de cintura” para desviar a rota e evitar que o Botafogo se metesse em “bola dividida”, na linguagem futebolstica. O almoo com o prefeito Luciano Cartaxo de forma alguma prejudicaria o encontro com o governador Ricardo Coutinho. Indo aos dois, dirigentes e jogadores sairiam bem na fita e deixariam os resqucios polticos para Ricardo e Cartaxo resolverem.
Optando pela ausncia no almoo, os dirigentes constrangeram os jogadores que foram e os que no foram, alm de deixarem claro uma escolha poltica pelo grupo do governador. Pior que isso, s as contradies de Nelson Lyra que, durante entrevista numa rdio da Capital, alegou que o clube havia recebido convite somente na manh de hoje, depois “lembrou” que foi avisado na ltima quinta-feira e, por ltimo, acabou sendo desmentido pelo secretrio de Comunicao da Prefeitura, Cac Martins. Coisa feia, muito feia!
Mas, no foi s isso. Na mesma entrevista, Lyra admitiu que dentro da diretoria existem interesses de vrios grupos polticos. Portando, a Prefeitura de Joo Pessoa no seria “dona” do Botafogo. Claro que no. Nem a Prefeitura, nem o Governo do Estado e muito menos os dirigentes. O Botafogo dos torcedores e scios, que o sustentam pagando ingresso e indo ao campo incentivar os jogadores. Aos dirigentes, caberia apenas a misso de administr-lo de forma correta para que possa crescer e ganhar mais ttulos. Fizeram isso, preciso reconhecer.
Mas, somente at ontem.