Dizem que tudo na vida tem o lado bom e o ruim. Na poltica, no poderia ser diferente. O PSB comemorou – e ainda comemora – a filiao de Marina Silva, aps a “queda” da Rede Sustentabilidade, mas agora vive o dilema de ter que escolher entre Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do partido, e a ex-adversria para disputar a Presidncia da Repblica.
O problema maior estaria no dentro, mas fora da legenda socialista. que, mesmo oficialmente desistindo da candidatura para apoiar Eduardo, Marina continua em alta na preferncia do eleitorado, como indicam as pesquisas. Na frente do prprio Eduardo e at do tucano Acio Neves. A situao vem incomodando a cpula do PSB e o prprio Eduardo, que teme ter que usar a “fora” que tem no partido para ser indicado candidato.
No s isso. Os correligionrios e a prpria Marina parecem estimular a ideia de que o candidato do PSB deve ser aquele que estiver em melhores condies eleitorais no ano que vem, com base nas pesquisas. Alis, quem no lembra de um suposto acordo entre Marina e Eduardo, que teria viabilizado a entrada da ex-ministra de Dilma na legenda socialista? Os termos desse acordo continuam restritos aos dois. No seria a tese de Marina uma das exigncias nesse acordo?
Portanto, o PSB deve aproveitar e comemorar o lado bom da operao. Depois disso, ter que encontrar uma maneira de resolver o lado ruim. Escolher um nome como candidato a sucesso presidencial pode significar a perda do outro. A menos que se encontre, at junho de 2014, prazo final das convenes, uma alternativa consensual.