O DEM oriundo do PFL que, por sua fez, surgiu do PDS e da antiga Arena, a base da Direita no Brasil. Na Paraba, o partido sempre foi dominado por caciques. Esteve sob a gide dos ex-governadores Tarcsio Burity e Wilson Braga, chegando ao Governo do Estado em duas ocasies. Depois disso, presidido pelo ex-deputado Evaldo Gonalves, limitou-se poltica de troca de cargos e favores por apoio poltico.
Na gesto de Efraim Morais, que manda e desmanda at hoje, o DEM atingiu o auge de seu fisiologismo e clientelismo. No que essa prtica seja privilgio dos democratas. Pelo contrrio. Trata-se de uma praga comum entre todos os partidos. At o PT, que se julgava “diferente”, j provou, com mensalo e tudo, que, pelo menos nesse aspecto, idntico aos demais.
Em 2002, pegando carona na popularidade de Cssio Cunha Lima, eleito governador, Efraim chegou ao Senado Federal, onde ocupou a Primeira Secretaria. Deixou o cargo assustado com os “fantasmas” que ele mesmo implantou na folha de pagamento da Casa.
Em 2006 e 2010, o ento senador ensaiou uma candidatura do Governo do Estado, mas teve que ceder s “presses”, mantendo-se submisso ao comando de Cssio. Nas ltimas eleies, chegou a pedir votos como pr-candidato, disputando a indicao do grupo com Ccero Lucena, do PSDB, mas foi obrigado a votar no atual governador Ricardo Coutinho, ungido da aliana entre PSDB e PSB, costurada por Cssio.
Nesse perodo, ou seja, aps o governo de Wilson Braga, o DEM sequer teve a ousadia de lanar candidaturas a prefeito de Joo Pessoa e Campina Grande, os dois maiores colgios eleitorais e pontos estratgicos para quem almeja chegar ao Governo do Estado. Certamente, no o caso do DEM.
No por acaso, o partido foi o nico dos chamados “grandes” que no fez festa de filiaes para disputar as eleies estaduais de 2014. E seus dirigentes ainda tentam minimizar o fato, alegando ser a estagnao uma estratgia de campanha. S se for estratgia para uma nova derrota.
Ao contrrio de outros Estados, aqui o DEM vai de mau a pior. Seus dirigentes mendigam uma vaga na chapa majoritria do governador Ricardo Coutinho. Se sobrar espao, quem sabe. O nome para ocupar a vaga? Efraim Morais, claro.
Nem poderia ser diferente.
A situao atual do ex-senador a cara do DEM.