O deputado Ricardo Marcelo, presidente do PEN, empurrou para março a decisão sobre a postura política que o partido adotará em relação ao Governo do Estado. Confirmou que o assunto já foi discutido internamente, mas sem nenhuma definição. O PEN continua dividido entre apoiar e fazer oposição ao governador Ricardo Coutinho (PSB).
Mas, a filiação do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, e da ex-secretária municipal de Saúde, Roseana Meira, acabou antecipando essa decisão. Antes de entrar no PEN, Agra deixou claro a Ricardo Marcelo que não teria condições de restabelecer qualquer tipo de diálogo com o atual governador. Muito menos discutir a possibilidade de apoio à sua reeleição.
O próprio ex-prefeito, seguindo a linha do presidente do partido, não poupa críticas a Ricardo Coutinho, de quem já foi aliado, sempre que tem oportunidade. Agra também faz questão de lembrar que Ricardo Marcelo o deixou à vontade para definir que cargo pretende disputar, seja na majoritária ou na proporcional.
Como o prazo para filiações de pretensos candidatos acabou, deputados ligados ao Palácio da Redenção como Branco Mendes, João Gonçalves e Edmilson Soares terão que mudar de rumo a partir de março, após a decisão formal do PEN. Até lá, prevalece a famosa tese de cada um “votar de acordo com os interesses da sociedade paraibana”.