O jogo Flamengo e Vasco, no final da tarde e incio de noite deste domingo (26), tinha tudo pare entrar para a histria como mais um grande clssico do campeonato carioca e do futebol brasileiro. Qualquer que fosse o placar. A rivalidade grande e antiga, no permitindo outra interpretao. Mas, a arbitragem resolveu mudar essa regra.
O Flamengo vencia o Vasco por dois a um quando, j no final do segundo tempo, o juiz Luiz Antonio Silva dos Santos resolveu ser o protagonista do jogo, marcando um pnalti inexistente contra o rubro-negro. Silva viu uma bola cruzada na rea pelo jogador do Vasco tocar na mo do lateral Ren, do Flamengo, e assinalou a cobrana. Respaldado pelo auxiliar, o juiz viu o que as cmeras de televiso e os milhares de telespectadores que acompanharam a partida contestaram: a bola esbarrou na barriga do zagueiro, bem longe da mo.
Mesmo assim, o pnalti foi marcado e convertido por Nan, jogador do Vasco, que at ento nada tinha a ver com o erro do juiz. Logo em seguida, no entanto, o meio-campista vascano acabou “entregando” sua dor de conscincia ao revelar que “j tivemos muitas vezes contra ns”, num clarssimo reconhecimento da ilegalidade do lance.
O cenrio retrata, de maneira fiel, a situao atual do Brasil, onde todo mundo quer levar vantagem, independente dos mtodos utilizados. At mesmo no esporte, o que vale o resultado e no a forma como se conquiste. O jogador do time beneficiado insinua que sua equipe j teria sido prejudicada. Portanto, o erro da arbitragem seria apenas uma “compensao” por atos do passado. Embora injustificvel, a reao ao menos tem sentido. Poderia ser encarada como um desabafo.
Quanto equipe de arbitragem, essa sim tem muito o que explicar. Preferiu adotar o “jeitinho brasileiro” para ajudar uma das equipes e comprometer a imagem de um dos maiores clssicos do futebol nacional e mundial. Nem o torcedor mais fantico abriria mo de seus princpios, muito menos em poca de Lava Jato, para recorrer atitudes to inesperadas e inoportunas.
Flamengo x Vasco
rbitro: Luiz Antonio Silva dos Santos
Auxiliares: Daniel do Esprito Santo e Diego Luiz Couto Barcelos