A foto acima foi tirada com a inteno de mostrar a boa relao que os trs senadores paraibanos mantm em Braslia. Diferente dos deputados, os senadores Raimundo Lira (PMDB), Cssio Cunha Lima (PSDB) e Jos Maranho (PMDB) vm adotando posies conjuntas e votando da mesma forma, principalmente quando esto em jogo os interesses da Paraba. Os trs votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Roussef e Cssio fez questo de apoiar e encaminhar os votos de sua bancada, como lder do PSDB, em favor de um prazo maior para a Paraba contrair emprstimo de US$ 23 milhes atravs do Prodetur, mesmo sendo adversrio do atual governador, Ricardo Coutinho (PSB).
Mas, a imagem acabou extrapolando os limites da realidade e estimulando a imaginao da classe poltica e dos eleitores paraibanos. Nos bastidores, surgiram comentrios sobre uma possvel chapa com os trs senadores “para o bem da Paraba”. A boa relao entre PMDB e PSDB, em nvel nacional, tambm foi levada em conta para tais suposies.
Outro fator que teria contribudo: em 2018, encerram-se os mandatos de Lira e Cssio. O primeiro j disse que ouvir a opinio pblica para saber se disputa ou no a reeleio. Cssio, por sua vez, parece que “tomou gosto” pelo mandato, aps se projetar nacionalmente como lder do PSDB e ser um dos protagonistas do processo de impeachment. Jos Maranho, por sua vez, no esconde de ningum o desejo de voltar a governar a Paraba e no precisa renovar o mandato porque foi eleito em 2014. No caso, a chapa seria Maranho (governador) com Cssio e Lira para o Senado.
Mas, ainda faltaria o vice, correto? Errado. At o vice entrou nas especulaes. E o nome preferido seria do ex-secretrio Renato Feliciano, filho do deputado federal Damio Feliciano e da vice-governadora, Lgia Feliciano, todos do PDT. A Oposio estaria, portanto, contando com uma suposta traio da famlia Feliciano ao governador Ricardo Coutinho. Na leitura dos oposicionistas, isso s no acontecer (a traio) se Ricardo apoiar Lgia como candidata ao Governo do Estado.
Por enquanto, tudo no passa de projees. Mas, com o afastamento entre PSB e PMDB, no h como descartar nenhuma hiptese. Afinal, como diria o ex-deputado Manoel Gaudncio, “a poltica dinmica”.