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Na “inauguração popular” da Transposição do São Francisco, domingo passado, que teve os ex-presidentes Lula e Dilma Roussef como protagonistas, o deputado Gervasio Maia recebeu um tratamento especial, como vem acontecendo em todos os eventos promovidos pelo governador Ricardo Coutinho. Lá, o presidente da Assembleia Legislativa falou em nome dos deputados estaduais paraibanos, que concederam a Medalha de Epitácio Pessoa aos dois petistas e o título de cidadania a Lula.
O espaço político que Gervasio vem ocupando, “colando” no governador, tem repercutido de forma intensa no PSB e em partidos aliados de Ricardo Coutinho. Deputados e dirigentes partidários não poupam elogios ao deputado. Mas, publicamente, ninguém se arrisca a declarar que o atual presidente do legislativo será o candidato à sucessão estadual apoiado por Ricardo.
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Nos bastidores, entretanto, a coisa é diferente. “Ninguém fala porque não é hora de falar. Temos que manter a unidade do grupo, mas, na hora certa, o próprio governador anunciará. Gervasio hoje só perde para o prefeito Luciano Cartaxo”, afirmou um graduado socialista, que, por razões óbvias, preferiu o anonimato.
A suposta derrota para Cartaxo, diga-se de passagem, não seria nas urnas, segundo o ricardista. Seria na indicação como candidato e ocorreria na hipótese, já cogitada pelas duas partes, de uma aliança entre governador e prefeito da Capital para as eleições de 2018. Apesar de adversários políticos, os dois têm interesses não conflitantes. Ricardo quer ser senador da República e Cartaxo sonha em governar a Paraíba. “Em política, nada está descartado. Tudo é possível”, lembrou o integrante “de peso” do PSB.
Além de Gervasio, o grupo governista conta com as opções da vice-governadora Lígia Feliciano e do senador Raimundo Lira que, apesar de ainda estar filiado ao PMDB, tem se portado como aliado incondicional do governador Ricardo Coutinho.