Homem mais alto do Brasil, gigante paraibano “Nino” passa por dificuldades e vira “pedinte” para sobreviver

Nino posa para selfie com o empresrio Rodrigo Medeiros, na Feijoada do Joo

Considerado o homem mais alto do Brasil e um dos homens mais altos do mundo, com 2,36 metros, o paraibano Joilson Fernandes da Silva, 32 anos, passa por dificuldades e virou “pedinte” para sobreviver. O gigante paraibano “Nino”, como conhecido, mora na pequena cidade de Assuno, no Cariri, de apenas 3.500 habitantes, mas, gasta quase todo o tempo em Joo Pessoa, visitando restaurantes e outros locais de grande concentrao popular, onde explica sua situao e pede ajuda. Em troca, posa para selfies com os curiosos que sempre o cercam, impressionados com sua altura.

Nino portador de Acromegalia ou gigantismo, como conhecida popularmente a doena, descoberta aos 8 anos de idade, mas s tratada a partir dos 14. Apesar do problema, a vida do gigante nem sempre foi assim. Joilson viu no crescimento desordenado um instrumento capaz de tir-lo da pequena Assuno e transformar-se em meio de vida. Explorando a altura exagerada, comeou a trabalhar como garoto-propaganda. Ganhou um bom dinheiro, por um tempo, mas os contratos cessaram e, com a crise econmica, a situao s piorou.

Joilson casado com Even Medeiros, mulher de apenas 1,52 metros, e, alm do sustento da famlia, precisa de dinheiro para custear os medicamentos que usa para controlar a doena. Roupas e calados se perdem rpido e precisam ser repostos at por exigncia do trabalho. “No queria chegar a essa situao, mas fui obrigado por questo de sobrevivncia mesmo. Para mim, se aparecesse um trabalho seria bem melhor, mas at agora s apareceram uns bicos”, contou, ao visitar a “Feijoada do Joo”, movimentado restaurante no bairro de Jaguaribe.

At para andar, a dificuldade grande. Os mais de 200 quilos de peso tambm impedem Nino de usar cadeira de rodas. Por isso, o grandalho fez um esforo extra, com a ajuda dos amigos, e comprou um carrinho para se locomover. Dentro do Fiat Uno de segunda mo, Nino quase no cabe, mas se acomoda como pode para continuar sua trilha em busca da sobrevivncia. Simptico e solcito para fotos, ele sempre bem recebido por onde passa, embora o to sonhado trabalho no aparea.

“No vou desistir. Preciso de dinheiro para manter minha famlia, comprar roupas e outras coisas necessrias”, avisa o gigante, cujo vesturio e calados so encomendados devido ao tamanho exagerado.

Nino cala 58, nmero to grande quanto sua perseverana.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O blog não se responsabiliza pelo conteúdo exposto neste espaço. O material é de inteira responsabilidade do seu autor