O alerta inicial partiu do presidente do Sindipetro, Omar Hamad Filho, que confirmou as dificuldades de aquisição de combustíveis e a falta da gasolina em alguns postos da Paraíba. Depois foi a vez do presidente da Companhia Docas, Wilbur Jácome, prever aumento do desemprego e sérios prejuízos financeiros para o Porto de Cabedelo. Tudo por causa de medidas adotas e prestes a serem adotadas pela Petrobras, que comanda a distribuição de combustíveis no País, para contenção de despesas.
O assunto repercutiu na Assembleia Legislativa, onde os deputados Tócolli júnior (PMDB) e Tião Gomes (PSL) abriram as baterias contra a estatal petrolífera. Trócolli pediu que a bancada federal paraibana reaja contra o que chamou de “crime contra o Porto de Cabedelo e a Paraíba”. Tião apresentou requerimento cobrando explicações da Petrobras e pedindo que as medidas sejam revistas.
Uma das medidas prevê a distribuição de combustível a partir do Porto de Suape, em Pernambuco, via terrestre. O presidente da Docas Paraíba prevê que, nesse caso, o Porto de Cabedelo perderá pelo menos 40% de volume de cargas que opera. Isso significaria ainda que pelo menos 300 caminhoneiros, que transportam o produto para os postos no Estado, ficariam de braços cruzados. Sem contar com os gastos que esse pessoal com estadia em Cabedelo.
“O prejuízo não será apenas do Porto de Cabedelo, mas da Paraíba inteira”, lembrou Trócolli Júnior.
Segundo Tião Gomes, é preciso uma reação conjunta de toda classe política paraibana para evitar prejuízos incalculáveis com a falta de combustível. “Ou a Paraíba reage agora ou seremos novamente massacrados por uma empresa que só visa lucro e um governo (federal) que despreza o povo”, sustentou.
De fato, alguma coisa precisa ser feita. Chega de tantos benefícios para outros Estados e só prejuízos para a Paraíba. Parece perseguição.