Mesmo administrada por três médicos, Bayeux enfrenta caos na Saúde e pode ter hospital fechado

Quem se queixa da situação da saúde pública no interior da Paraíba, desconhece a realidade de Bayeux, município da Grande João Pessoa que, não fosse o socorro da rede hospitalar da Capital, certamente teria dificuldades para contabilizar os mortos em e após atendimento em suas poucas unidades hospitalares.

Mesmo administrada por três médicos (prefeito, vice-prefeito e secretário), a cidade enfrenta o caos em sua área mais essencial. A situação chamou a atenção do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), que admitiu a necessidade de interdição do Hospital Municipal após a morte da menor DSS, no último final de semana.

As circunstâncias provocaram mais revolta que o próprio óbito. A criança deu entrada no hospital com quadro de parada respiratória e faleceu após mais de dez horas em atendimento. Segundo informações, o ventilador mecânico que serviria para combater o problema está quebrado e sem previsão de funcionamento. Com atendimento por métodos manuais, a menor acabou falecendo.

Ronaldo Miguel, presidente do Coren/PB, confirmou ao portal Bayeuxemfoco que o hospital está sucateado e que, pelo menos a ala onde a menor foi atendida, deve ser interditada para evitar novos óbitos. Uma medida sensata, mas que em nada alivia a dor da família nem tira a responsabilidade de quem deveria oferecer serviços de qualidade à população. Prefeito e vice-prefeito foram eleitos para isso. Aliás, prometeram isso em campanha. O secretário de saúde, creio eu, foi nomeado também com essa expectativa.

Mas, não é somente a dissonância entre o que Expedito Pereira e seu vice prometeram em campanha e o que ofereceram até agora à população de Bayeux que impressiona. A frieza com que os dois têm encarado a situação da saúde pública em Bayeux é igualmente preocupante. O site Bayeuxemfoco, que publicou o caso em primeira mão, divulgou que o prefeito e um bocado de assessores se esbaldavam numa festança, ali mesmo na cidade, ao mesmo tempo em que a criança morria.

Essa coincidência mórbida apenas reforça a necessidade das autoridades estaduais e federais olharem mais de perto para a Saúde de Bayeux. O Ministério Público (estadual e federal) sempre vigilante em tantas outras causas importantes, poderia iniciar esse trabalho. Enquanto há tempo.

Expedito prometeu resolver problemas da Saúde (Foto da Internet)

Expedito prometeu resolver problemas da Saúde (Foto da Internet)

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