Claro que pode. No fosse assim, a presidenta Dilma Roussef no estaria trabalhando to intensamente em favor de seus candidatos. Em especial, do petista Fernando Haddad, que disputa a poderosa prefeitura de So Paulo.
O que ministro pode, mas no deve, oferecer vantagens em troca de votos para seus aliados. Nem ministro, nem presidente, nem governador ou prefeito. O ato pode ser entendido como compra de voto ou pelo menos tentativa de aliciamento do eleitor. De todo jeito, crime eleitoral.
No deve, o ministro, pedir votos em praa pblica ou reservadamente prometendo favores ao eleitor, sejam pessoais ou muito menos atravs do cargo que exerce.
O paraibano Aguinaldo Ribeiro, ministro das Cidades, meteu-se numa celeuma em sua principal base eleitoral, Campina Grande, aps garantir ao seu candidato a prefeito de Esperana, Arnaldo Monteiro, que liberaria verbas a partir de janeiro, quando o poltico, “j vencedor da eleio e empossado”, apresentar projetos nacionais em sua pasta, em Braslia.
A inteno do ministro talvez tenha sido dizer que dava como certa a eleio do amigo e estaria disposio para ajudar sua gesto e o municpio a acabar com o dficit habitacional. No foi isso que entenderam os adversrios de Aguinaldo Ribeiro e do candidato. Tambm pode no ser essa a interpretao da Justia Eleitoral. Ou da Grande Imprensa do Sul do pas, sedenta em destituir um ministro nordestino.
Por precauo, talvez o ministro Aguinaldo deva ser mais ameno em suas prximas promessas eleitorais.