No rastro da infidelidade, Pedro Coutinho tambm adere ao candidato do PT

Em eleies anteriores, j tnhamos comprovado que a lei amparando o instrumento da fidelidade partidria no vale um risco ngua, como se costuma dizer. Em momento algum, candidatos abandonaram seus interesses pessoais em respeito s regras eleitorais. Estamos vendo agora, em Joo Pessoa, apenas um retrato do que ocorreu antes.

Os vereadores Geraldo Amorim e Ubiratan Pereira foram os primeiros a recorrer ao artifcio da infidelidade. Ambos porque seus partidos, PDT e PSB, respectivamente, lhe negaram espao e legenda para disputar o pleito.

Pr-candidato a prefeito at pouco tempo, Amorim foi rifado para que o PDT pudesse apoiar a candidatura de Etelisabel Bezerra, do PSB. Insatisfeito, passou a pedir votos para Luciano Cartaxo, candidato do PT, e desistiu de concorrer reeleio.

Bira, como conhecido o vereador do PSB, s conseguiu registrar sua candidatura reeleio graas a uma deciso judicial. Tudo porque apoiou o atual prefeito, Luciano Agra, na disputa interna do partido para escolha do candidato a sucesso municipal. Rejeitado em sua prpria casa, tambm pulou para o barco do petista sem pensar na possibilidade de punio.

Agora foi a vez de Pedro Coutinho abandonar a candidatura do ex-governador Jos Maranho, do PMDB. Mesmo tendo o seu partido, PTB, fechado aliana formal com o PMDB, Pedro chutou o pau da barraca e debandou-se para o candidato petista. Se a moda pega, daqui a pouco teremos tantas mudanas que ser difcil aferir os apoios de cada candidato.

A lei da fidelidade partidria rgida. Prev desde suspenso at a perda do mandato. Mas, at agora, poucos foram os resultados prticos, em termos de punio aos infiis, em todo o pas.

E se os partidos quiserem acionar os trs vereadores pessoenses na justia, a perda dos mandatos, caso fosse determinada, valeria apenas para a atual legislatura. Ou seja, Bira, Amorim e Pedro perderiam apenas quatro ou cinco meses de mandato, dependendo de quanto durasse o processo judicial, que geralmente lento. Por isso, os polticos com mandato podem deitar e rolar sobre a legislao. Os sem mandato ento, nem se fala.

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