Oposição “cochila” e bancada de Cartaxo protocola quatro CPIS que podem inviabilizar investigações sobre obras da Lagoa

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O “fantasma” da CPI da Lagoa voltou a perambular pelos gabinetes dos vereadores. Assustado com a possibilidade de sua instalação, o prefeito Luciano Cartaxo agiu rápido e orientou sua bancada a contra-atacar antes mesmo das investidas da Oposição. Na manhã desta segunda-feira, após denúncia do líder da Oposição, Bruno Farias (PPS) de suposta ingerência de Cartaxo no Legislativo, o líder da bancada de Situação, Hélton Renê (PC do B) anunciou a protocolização de quatro pedidos de Comissões Parlamentares de Inquérito de uma só vez.

Uma das CPIs, de autoria do vereador Dinho (PR) terá como objetivo investigar denúncias contra a Cagepa, acusada de promover poluição ambiental e fazer buracos para corrigir falhas no sistema de tubulações nas ruas e não tapá-los. João Almeida (SDD) sugeriu outra cPI para apurar causas do crescimento de homicídios contra jovens negros na Capital. E Helton Renê (PC do B) sugeriu investigação de denúncias de superfaturamento na compra de carteiras escolares á empresa Desk pela Prefeitura de João Pessoa, na gestão anterior, além de outra CPI para rever contratos da PMJP, na administração de Ricardo Coutinho, com Funetec, IFPB e IFCE.

Não duvidando do interesse dos vereadores nas investigações, mas a ideia principal da enxurrada de CPIs é evitar que outras da Oposição, como a CPI da Lagoa, sejam instaladas. O Regimento Interno permite que apenas três Comissões Parlamentares de Inquérito funcionem ao mesmo tempo e os pedidos da bancada de Situação, é claro, terão que ser examinados primeiro. Se forem todos aprovados, ou pelo menos três, outra CPI só será instalada após encerramento dos trabalhos de uma das quatro já solicitadas.

Nesse caso, a CPI do Fio Preto, que investigaria denúncias contra a Energisa, também ficaria ameaçada.

Mais uma vez, parece que a bancada de Oposição “cochilou” e pode pagar um preço alto por isso.

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