Aps 20 horas, senadores encerram discursos e aprovam por 55 votos a 22, o afastamento da presidente Dilma Rousseff para ser julgada por crime de responsabilidade. A votao aconteceu nesta quinta-feira (12). O qurum em plenrio era de 78 senadores. O presidente do Senado, Renan Calheiros, no votou.
Aps a declamao do resultado da votao, o presidente do Senado, senador Renan Calheiross (PMDB)m concocou uma reunio para hoje, s 16 horas, qual comparecer o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski.
Renan solicitou o comparecimento do presidente do senador Raimundo Lira, presidente da Comisso Especial, Antonio Anastasia, relator da Comisso Especial, todos os lderes partidrios e todos os senadores. Com o afastamento de Dilma, Michel Temer assume interinamente a Presidncia da Repblica.
Embate – Como era de se esperar, a sesso no fluiu rapidamente para que, como desejava a oposio ao governo, acabasse o mais cedo possvel. Por volta das 11h, senadores da base governista seguiam apresentando questes de ordem para tentar o cancelamento do processo contra a presidente.
Representada por Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffman (PT-PR) e Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), a base governista tentava anular a sesso com argumentos como o fato de a relatoria do processo ter sido entregue ao PSDB, um dos autores da denncia contra Dilma; o desvio de finalidade de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao acatar a abertura do pedido de impeachment segundo a defesa de Dilma, como motivo de vingana ; e pelo Tribunal de Contas da Unio ainda no ter analisado as contas de 2015 do governo federal, as mesmas que embasam a denncia de impedimento. Calheiros rejeitou todas as questes de ordem.
“A denncia foi apresentada antes do fim do exercicio oramentrio. A gente diz que no tem crime, no conseguem nos mostrar onde tem crime, ento a gente pede que tenha o julgamento das contas de 2015 pelo TCU e depois pelo Congresso Nacional”, alegou Farias. “Isso que causa indignao. Esto querendo afastar uma presidente antes que o tribunal analise suas contas. Se esta questo for rejeitada, vamos recorrer ao Supremo Tribunal Federal.”
As investidas dos governistas foram amplamente criticadas pela oposio, que pedia agilidade na sesso.
“O governo no faz outra coisa a no ser procrastinar o incio desta sesso em clara deslealdade processessual”, atacou o lder do PSDB no Senado, Cssio Cunha Lima (PB). “Alm da deslealdade processual e da litigncia de m f, eles prejudicam o povo brasileiro […] uma postura desleal, um truque. Apelo para que possamos iniciar a sesso em respeito ao povo brasileiro que aqui representamos”, disse o lder do PSDB.
Com IG