A Paraíba não perdeu apenas um grande poeta. Perdeu um grande político. Perdeu um grande cidadão. Um poeta capaz de sensibilizar, em verso e prosa, o mais duro coração. Um político capaz de conquistar o voto e a amizade do mais ferrenho adversário. Um cidadão capaz de um gesto de grandeza, mesmo em situação adversa. Assim era Ronaldo Cunha Lima.
Ronaldo não era querido porque era político e poeta. Era querido porque cativava, tinha carisma e sabia como poucos atingir o “ponto fraco” dos que o rodeavam. Não para prejudicar, mas para sensibilizar e atrair. Por isso, deixou uma legião de amigos. De eleitores, então, nem se fala.
Seu discurso não se resumia a palavras. Eram gestos traduzidos em verso e prosa que contagiavam qualquer plateia. Ronaldo era assim. Tinha muitos defeitos porque era humano, mas demonstrava ser incapaz de um gesto desumano.
Até mesmo nas vezes em que deixou a emoção superar a razão, soube ser humilde e pedir perdão. Ronaldo era assim. Poeta, político e cidadão.
(….mas quem cantava chorou, ao ver seu amigo partir)