O PMN desistiu da fusão com o PPS. A informação foi dada em primeira mão pela jornalista Lena Guimarães, durante o programa Rede Debate na RCTV (canal 27 da Net Digital), na noite desta segunda-feira (08). Na edição desta terça-feira (09) do jornal CORREIO DA PARAÍBA, a articulista traz detalhes sobre essa decisão do Partido da Mobilização Nacional, que, com a desistência de se fundir com o Partido Popular Socialista, inviabiliza o surgimento do MD (Mobilização Democrática).
A presidente do PMN na Paraíba, jornalista Lídia Moura, que seria a presidente do MD no Estado, confirmou a informação de Lena, e disse que ainda uma nota oficial será publicada, assim como um edital convocando os membros do PMN para a convenção do partido que acontecerá no próximo dia 28 de julho em São Paulo.
Leia, na íntegra, as informações da coluna de Lena Guimarães:
Fusão desfeita
Após dois meses de convivência, o PMN vai comunicar ao PPS que não tem mais interesse na fusão que daria origem a uma nova legenda, a MD.A decisão resultou do entendimento de que há diferenças de conceitos, horizontes e entendimentos, insuperáveis. O PMN convocou convenção para desfazer o acordo.
A presidente, Telma Ribeiro preferiu interromper o processo, a permitir que a fusão terminasse em incorporação do PMN pelo PPS. Aliás, cumpriu a palavra empenhada com seus liderados, de que não permitiria quebra dos compromissos de divisão dos Diretórios, da posição em relação ao governo federal e diretrizes para 2014.
Os dois momentos – tanto o da fusão, como o encontro que decidiu pelo fim do acordo -, contaram com a participação da presidente do partido na Paraíba, Lidia Moura, que integra o comando nacional e é pessoa da confiança de Telma Ribeiro.
O PMN só vai falar oficialmente sobre o fim da fusão após a reunião que deve ocorrer ainda hoje com os dirigentes do PPS, liderados por Roberto Freire. Já vinha ocorrendo disputa de poder em todos os estados onde o comando estadual, pelo acordo, caberia ao partido de Telma Ribeiro, mas a gota d’água foi a reforma política.
O PPS teria promovido reuniões, sem o conhecimento do PMN, e uma delas justamente para debater a reforma política. No projeto do partido de Roberto Freire consta o fim das coligações nas eleições proporcionais, posição que contraria a do PMN, que vê essa proposta como nociva aos interesses dos pequenos partidos.
E tem mais: na reunião que decidiu pelo fim da fusão, foi destacado que enquanto o PMN acredita na valorização das bases (investe em pessoas), o PPS fortalece as cúpula (quer atrair quem tem mandato); e que o PMN é melhor organizado no pais, tem patrimônio (sedes próprias em Brasília e várias capitais) e mantém firme suas diretrizes, como por exemplo ser oposição ao governo federal, enquanto o PPS flexibiliza.
Lidia Moura, que estava confirmada como presidente da MD na Paraíba, continuará comandando o PMN. O questionamento de sua indicação por filiados do PPS da Paraíba (a exemplo do vice-prefeito da Capital, Nonato Bandeira), foi o primeiro problema a levar Telma Ribeiro a admitir romper com a fusão. E veio à Paraíba para prestigiar a aliada.
Sem fusão, PPS e PMN continuarão existindo, e em 2014, devem disputar em faixa própria.
PPS e PMN
A MD seria uma legenda maior do que a soma do PPS e PMN, pois estava atraindo novas filiações. “Não nos interessa crescimento a qualquer preço. Queremos crescer sem perder nossa identidade”, reage Lidia Moura.
Palavra empenhada
No encontro do PMN, uma das vozes que mais argumentou contra a fusão foi justamente a de Lidia Moura, que considerou a dificuldade do PPS de honrar a palavra e os acordos, como um desrespeito inadmissível.
Disputa em 2014
A presidente estadual, Lídia Moura mantém a garantia da candidatura ao governo ao deputado Major Fábio. “Já disse e repito: ele só não será candidato se não quiser. E sendo, o PMN defenderá com empenho o seu nome”.
Correio da Paraíba