A Polcia Federal (PF) deflagrou a 19 fase da Operao Lava Jato em Florianpolis, So Paulo e Rio de Janeiro, na manh desta segunda-feira (21). Sero cumpridos 11 mandados judiciais, sendo um de priso temporria, um de preventiva, sete de busca e apreenso e dois de conduo coercitiva, quando a pessoa obrigada a prestar depoimento. A atual fase foi batizada de “Nessum Dorma”. Em portugus, significa “ningum dorme”.
Ao G1, a PF informou que o mandado de priso preventiva contra um dos donos da Engevix Jos Antunes Sobrinho. Ele investigado por ter pago R$ 140 milhes de propina da empresa para a Eletronuclear. Sobrinho foi preso em casa, em Florianpolis.
O executivo j ru da Lava Jato e responde pelos crimes de corrupo ativa e lavagem de dinheiro. Ele foi condenado na mesma ao que envolve o ex-ministro da Casa Civil Jos Dirceu. O ex-ministro responde pelos crimes de organizao criminosa, corrupo passiva qualificada e lavagem de dinheiro.
(Correo: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que Jos Antunes Sobrinho ex-executivo da Engevix. Na verdade, ele um dos donos da empresa. O erro foi corrigido s 08h37).
De acordo com a PF, os trabalhos desta etapa so considerados avanos das etapas anteriores. Um dos focos, relacionado 15, investiga um denunciado e empreiteiras j investigadas na operao.
“Apura-se que pessoas tenham intermediado pagamento de vantagens indevidas e agentes pblicos e polticos no exterior, em decorrncia de contratos celebrados na diretoria Internacional da Petrobras”, afirma a PF.
Ainda segundo as investigaes, foi verificado que uma das empresas sediadas no Brasil recebeu cerca de R$ 20 milhes, entre 2007 e 2013, de empreiteiras j investigadas na operao. O pagamento teria origem de proprinas obtidas em contratos com a Petrobras.
Em outro foco, de acordo com a PF, cumprem-se mandados relacionados 16 e 17 a partir de elementos que apontam pagamentos de vantagens indevidas a agentes pblicos j investigados.
A priso temporria tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo perodo ou convertida em preventiva, que quando o investigado fica preso disposio da Justia sem prazo pr-determinado. Os presos sero levados para a Superintendncia da PF, em Curitiba.
Veja os focos das fases relacionadas
A 15 fase foi batizada de Conexo Mnaco e prendeu ex-diretor da rea Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada. Ele est detido no Complexo Mdico-Penal em Pinhais, na Regio Metropolitana de Curitiba. A fase teve como foco o recebimento de vantagens ilcitas na diretoria da Petrobras.
A 16 etapa da operao foi chamada de “Radioatividade” e prendeu Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, e Flvio David Barra, ex-executivo da Andrade Gutierrez. Othon est detido em um quartel em Curitiba e Flvio Barra tambm est no Complexo Mdico-Penal.
Entre os presos da 17 fase, batizada de “Pixuleco”, est o ex-ministro Jos Dirceu. Ele est detido na carceragem da Polcia Federal. Esta etapa se concentrou em pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o poder pblico, alcanando beneficirios finais e laranjas usados nas transaes.
18 fase
A 18 fase, chamada de ‘Pixuleco II’, foi realizada no dia 13 de agosto e prendeu o ex-vereador da cidade de Americana, em So Paulo, Alexandre Oliveira Correa Romano. Ele teve a priso temporria convertida em preventiva a pedido da PF e do Ministrio Pblico Federal (MPF).
Romano est detido no carceragem da Superintendncia da PF, em Curitiba, desde o dia 13 de agosto e no tem prazo determinado para deixar a priso.
Segundo as investigaes, ele foi um dos operadores do desvio de R$ 52 milhes em contratos do Ministrio do Planejamento.
O MPF alega que empresas do Grupo Consist Software assinaram, sem licitao, contratos com o Ministrio do Planejamento.
O acordo foi assinado pela Secretaria de Recursos Humanos do ministrio com o Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdncia Complementar (Sinapp) e a Associao Brasileira de Bancos (ABBC).
As empresas contratadas teriam repassado os valores a operadores da Lava Jato. Ao todo, R$ 37 milhes foram arrecadados por Alexandre Romano, e R$ 15 milhes foram para Milton Pascowitch, que assinou acordo de delao premiada e est em priso domiciliar.
Com G1