Prefeitos de todo Estado discutem, na Assembleia Legislativa, os efeitos da crise econômica em seus municípios. Capitaneados pela Famup, os gestores querem ajuda dos deputados para pressionar o Governo Federal por compensações das perdas com a redução dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios. A situação é tão críticas, segundo os prefeitos, que alguns anunciaram “pacotes” com cortes de despesas para equilibrar as contas.
O prefeito de Santa Luzia, no Vale do Sabugy, Ademir Morais (PSDB), disse que a situação é insustentável e as receitas hoje são praticamente consumidas com o pagamento da folha de pessoal e dos fornecedores. “Infelizmente, somos obrigados a tomar medidas amargas”, explicou.
Com déficit mensal de R$ 100 mil no Instituto de Previdência dos Servidores Municipais, Morais deve demitir prestadores de serviço, que recolhem para o INSS, e convocar concursados, cujas contribuições vão para o Ipsal. “Só ai teremos uma economia de R$ 100 mil por mês”, calcula.
Outras medidas também serão adotadas como extinção de duas das nove secretarias, corte de gratificações e até economia de energia e outras despesas da máquina pública. “Só não afetaremos as áreas essenciais como Educação e Saúde. Com essa crise, é preciso muita coragem e determinação”, justificou Morais.
Com plenário lotado, a audiência pública prossegue.