Aps discursar pela primeira vez em um ato pr-impeachment, lderes do PSDB de So Paulo admitiram neste domingo (13) participao num eventual governo de Michel Temer.
O senador Jos Serra (SP) que discursou ao p do trio eltrico do movimento Vem Pra Rua disse que “se houver um novo governo, vai ter entendimento com base no programa, com base no que se pretende fazer no Brasil”.
O senador Aloysio Nunes Ferreira foi na mesma linha. Segundo ele, existe “uma predisposio” do PSDB de participar do governo de Temer.
“Se apoiamos o impeachment, temos a predisposio de apoiar o governo”, disse.
Aloysio Nunes ressaltou que tudo depender das condies ofertadas por Temer. “Ele vai romper com o mtodo PT, vai ser esse presidencialismo de coalizo avacalhado? Ou vai romper com isso? Vai depender dessa resposta. Dependendo das condies e do programa, podemos participar”.
Ontem foi a primeira vez que os dois discursaram na avenida Paulista em apoio ao impeachment. At ento, tucanos iam s ruas, mas se mantinham discretos.
Entre os principais lderes do partido, no participaram dos atos o senador Acio Neves (MG), o governador Geraldo Alckmin (SP) e o ex-presidente Fernando Henrique.
Aps discursar, o secretrio estadual Floriano Pesaro relatou que o PSDB est conversando com Temer, inclusive sobre presena na equipe ministerial. “Ele precisa de uma coalizo para governar”, disse Pesaro, contando que foi Paulista com o consentimento de Alckmin.
Aps aderir ao ato em Natal, o presidente do DEM, Jos Agripino Maia (RN), afirmou que o partido apoiar Temer “sem condicionamento de participao”.
Neste domingo, tucanos minimizaram o baixo quorum dos protestos em comparao aos anteriores, alegando que o ato fazia parte de um processo.
“As pessoas esto vindo para as ruas. Vo continuar. No vale s um dia. Vale o processo. Basta olhar as pesquisas”, disse Serra.
Com rosto pintado de verde e amarelo, Aloysio afirmou que “quando for marcada a votao do impeachment, o Brasil vai ser inundado por manifestaes enormes”.
A avaliao do lder do PSDB no Senado, Cssio Cunha Lima (PB), que a mobilizao crescer a partir de janeiro. “As manifestaes deste domingo foram marcadas em cima da hora e num momento do ano que no o ideal”, justificou.
O lder do DEM na Cmara, Mendona Filho (PE), disse que a manifestao cumpriu um papel de “esquenta”.
Para o lder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), os atos tiveram um sentido de comemorao. “Saram as ruas para comemorar o que era visto como impossvel”.
Com Folha de So Paulo