PSDB, DEM e PPS anunciam Mandado de Segurana no STF para derrubar elegibilidade de Dilma

Imagem da Inw

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O lder do PSDB no Senado, Cssio Cunha Lima (PB), anunciou ontem (1) que o partido decidiu ingressar com um mandado de segurana coletivo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a diviso da votao do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na ltima quarta-feira (31). O instrumento jurdico ser assinado tambm pelo DEM e pelo PPS e deve ser apresentado nesta sexta, ( 2).

Anteontem (quarta, 31), os senadores dividiram a votao do julgamento de Dilma em duas partes. Na primeira, condenaram a petista por crime de responsabilidade perda do mandato. Na segunda, rejeitaram a sano de perda da funo pblica por oito anos, permitindo que Dilma volte a atuar no setor pblico, inclusive como gestora, se for o caso.

Para os senadores tucanos, a segunda deciso do Senado no poderia ter sido aprovada, uma vez que a sano de perda da funo pblica faz parte da condenao no impeachment. No entanto, ontem, segundo Cunha Lima, o PSDB e o DEM tinham entendido que a vitria maior tinha sido conquistada com o afastamento definitivo de Dilma e tinham decidido no questionar a segunda votao no STF.

Entretanto, os senadores mudaram de posio depois que o PT acionou o STF questionando todo o julgamento e pedindo sua nulidade. Para Cunha Lima, se tornou necessrio o questionamento segunda parte da votao para que o Judicirio possa apreciar essa questo separadamente e no corra o risco de anular tudo.

Ontem, no calor, na emoo, a sensao primeira que foi predominante no partido foi de termos uma postura de serenidade, no transformar uma vitria em uma derrota e dar uma contribuio para uma estabilidade maior no pas. Mas, diante dessa ao do PT, acreditamos que seja o caminho correto entrar com a ao para que essa parte da deciso, que est equivocada, possa ser revista, explicou o lder.

Desequilbrio

O lder tucano tambm no escondeu o desconforto do PSDB com o movimento para livrar Dilma da sano de perda da funo pblica. Para ele, ficou claro que um acordo foi feito s escondidas, sem que os senadores tucanos tivessem conhecimento.

O que aconteceu ontem algo que ns vamos superar, mas no algo que nos agrade. bvio que com maturidade, experincia e sobretudo com a gravidade da crise que o Brasil vive, ns no vamos colocar mais lenha na fogueira. Aps a volta do senador Renan Calheiros da China, ns teremos uma conversa com ele. No se faz poltica com bola nas costas, no se faz poltica com atitudes como a que aconteceu no julgamento do impeachment, disse.

Na opinio de Cunha Lima, Renan desequilibrou o julgamento quando fez um encaminhamento inesperado a favor da ex-presidente na segunda votao. Para ele, o PSDB se exps ao longo de toda a votao e foi surpreendido negativamente pelo PMDB. Dos trs senadores da Paraba Cssio e Jos Maranho votaram no pela manuteno dos direitos polticos de Dilma, s Raimundo Lira votou sim, pela permanncia.

Com Congresso em Foco

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