De contadora à diretora-geral da Câmara Municipal de João Pessoa foi um pulo. Pouca gente sabe os “atributos” que a levaram à ascensão meteórica. E quem sabe, não comenta. Mas, outra mobilização silenciosa, envolvendo vereadores, servidores da Casa e até profissionais de imprensa ameaça derrubar Vaneide Araújo, considerada a “Dama de Ferro” da Casa de Napoleão Laureano durante a gestão do presidente Durval Ferreira (PP).
O apelido é uma analogia à Margareth Tatcher, ex-primeira-ministra da Inglaterra que mandava mais que o presidente (Sistema Parlamentarista) e chegou a ser considerada a mulher mais poderosa do mundo.
As queixas são muitas, mas os autores evitam assumir publicamente para não entrar em rota de colisão com o presidente, protetor e avalista da “manda-chuva”. Vaneide não atende telefonemas, não aceita sugestões e não encaminha os pleitos dos vereadores endereçados a Durval Ferreira. “Às vezes ela quer mandar mais que o presidente. Isso é inadmissível. Já disse a Durval que não aceito ser tratado dessa forma por uma funcionária”, afirmou um vereador, que não quis se identificar.
Vaneide também bateu de frente com servidores da Casa. Alguns reclamam que ela estaria de olho em cargos comissionados para indicar seus apadrinhados. “Pode perguntar a qualquer um que a resposta vai ser a mesma. Ela (Vaneide) pisa no chão porque é o jeito”, criticou um funcionário de carreira.
O blog aguarda receber informações sobre supostos privilégios que a “Dama de Ferro” acumularia no Legislativo, incluindo indicações de comissionados.