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A revista Veja desta semana, que chega às bancas nesta segunda-feira, publica mais uma reportagem de capa sobre as delações premiadas da Operação Lava Jato. As revelações prometem derrubar de uma vez por todas a áurea de honestidade ostentada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-diretor de Relações Institucionais, Alexandrino Alencar, por exemplo, contou que por mais de dez anos a empreiteira pagou mesada ao irmão de Lula, José Ferreira da Silva.
Durante os dois mandatos do petista, o Frei Chico, como é conhecido, teria recebido sem trabalhar, explorando o prestígio do irmão presidente da República. Segundo o delator, o pagamento do “mensalinho” só foi suspenso após a prisão dos empresários. Não por acaso, o Ministério Público denunciou Lula por crimes de corrupção passiva e tráfico de influência, como relata a revista. Além de outros.
A reportagem cita que os procuradores da Lava Jato descobriram suposta troca de favores entre a Edebrecht e a família de Lula. O vidraceiro Taiguara Rodrigues, sobrinho do ex-presidente, teria recebido R$ 20 milhões por um serviço que não realizou e parte do dinheiro foi usado para bancar despesas de Frei Chico.
Ainda segundo a revista, até Dona Marisa Letícia, morta em fevereiro passado, teria pedido ajuda para reformar o Sítio de Atibaia, que Lula jura de pés juntos que não lhe pertence. A reforma custou R$ 1,2 milhão e os indícios são cada vez mais fortes, de acordo com a Veja, de que o imóvel realmente pertence ao petista.
Além disso, a Odebrecht teria patrocinado a carreira do filho mais novo de Lula, Luis Cláudio Lula da Silva, que passou de professor de Educação Física a um bem sucedido empresário do ramo esportivo. Alexandrino Alencar revelou também que Lula recebeu mais de R$ 3 milhões apenas para dar palestras e defender os interesses da empreiteira no Exterior, entre 2011 e 2014.
Os trechos acima são apenas um “aperitivo” do que revela a reportagem completa da revista. Tudo com base nas delações dos empreiteiros. Claro que os advogados de Lula negam. E mais claro ainda agora está a causa do desespero dos petistas em dar início à campanha eleitoral de 2018, para tirar o foco das acusações que pesam sobre o ex-presidente e sua trupe.