Ditado popular quase sempre causa desconfiana. Mas, tambm quase sempre tem um fundo de verdade. Tem um que ningum gosta, mas poucos ousam duvidar: “Quando comea errado, termina errado”. O caso do ex-senador Wilson Santiago pode no se encaixar perfeitamente nessa situao, mas que parece, parece.
Vejamos: Santiago mantm uma “paquera” com o governador Ricardo Coutinho desde que perdeu a vaga no Senado para o dono, de fato e de direito, Cssio Cunha Lima. Tem elogiado o adversrio como se fosse aliado e esquecido os aliados como se fossem adversrios.
Achou pouco, e decidiu “tomar” o PMDB para viabilizar sua suposta candidatura ao Senado na chapa do atual governador. Como “dote”, daria o apoio do seu partido, claro. Quebrou a cara. Arrependido, tentou recuar. Fecharam-lhe as portas. Agora, Santiago quer entrar pela porta da cozinha no PTB.
No so isso. Quer jogar no quintal os atuais “moradores” da casa trabalhista. “Calma a, comandante”, bradou o presidente estadual Armando Ablio, que acordou para a “invaso” do seu territrio. Mais que isso, decidiu lutar, com unhas e dentes, para manter sua hegemonia.
Ablio mandou recado para Santiago e companhia, leia-se a direo nacional do PTB, que negociou a entrega do partido ao ex-senador. Disse que vai Justia para manter seu direito. Direito lquido e certo de continuar presidindo o partido na Paraba. Se podia quando era deputado federal, por que no pode agora que suplente?
O argumento convincente. Pelos menos politicamente. Armando pode at perder uma batalha, mas deve guerrear at o final. E Santiago, acostumado a coisas fceis, pode se arrepender de ter invadido a casa alheia.