Não é fácil a situação partidária de Wilson Santiago. O ex-senador procura um abrigo novo para deixar o PMDB, mas enfrenta sérias restrições no PT, no PDT e no PTB, partidos que teria procurado até agora.
Santiago assegura ter convite do ex-presidente Lula, mas na Paraíba nenhum petista parece ter conhecimento disso. Pior ainda, o peemedebista enfrenta sérias restrições entre as principais lideranças do PT, pelos métodos que utiliza para conseguir seus objetivos. Os deputados estaduais Frei Anastácio e Anísio Maia não simpatizam com a idéia de tê-lo como companheiro de partido. Muito menos o ex-deputado Jeová Campos, que considera Santiago um inimigo pessoal.
No PDT, a situação também não é boa. O deputado federal Damião Feliciano, que comanda o partido na Paraíba, disse que jamais convidou Santiago para se filiar ao partido e que o assunto nem chegou a ser discutido. Já o presidente do PTB, Armando Abílio, confirmou ter sido consultado pelo ex-senador peemedebista sobre a possibilidade de sua filiação. Em princípio, o caminho foi aberto. Mas, quando descobriu que a mesma sondagem estava sendo feita junto a outros partidos, Abílio recuou e deu um sonoro não.
Reação mais firme teve o presidente do partido em Campina Grande, Arthur Bolinha. Ele avisou que deixa o partido na mesma hora que Santiago entrar. Ou seja, o PTB terá que optar entre um dos dois. Sem direito a outras alternativas.
Mesmo assim, nem tudo está perdido para Santiago. São muitos os partidos que, talvez, desejariam tê-lo em seus quadros. PMN, PST, PT do B, PPP e tantos outros que devem disputar as eleições de 2014 na Paraíba renovam a esperança do ex-senador peemedebista. Isso sem contar com o próprio PMDB que, apesar de descartar sua presença na chapa majoritária, poderia abrir espaço para o ex-senador disputar vaga na Assembleia Legislativa ou, quem sabe, na Câmara Federal. Desde que seu filho, de mesmo nome, abrisse mão da reeleição, é claro.
Wilson Santiago, quando ainda discursava para correligionários do PMDB