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Luciano Cartaxo (PSD) j� provou por a + b que de besta n�o tem nada. Numa ascens�o mete�rica, exerceu mandatos de vereador, deputado estadual, vice-governador e agora foi reeleito prefeito do maior col�gio eleitoral da Para�ba, derrotando pela segunda vez consecutiva a candidata do governador Ricardo Coutinho (PSB). Com tanta bagagem, Cartaxo sabe do peso eleitoral que representa numa disputa estadual.

Reeleito em primeiro turno, Cartaxo tratou logo de afastar as especula��es sobre 2018. Disse que n�o pretende abdicar de metade do mandato para concorrer ao Pal�cio da Reden��o e que seu projeto para 2018 � eleger o irm�o, Luc�lio, senador. Faz sentido. Primeiro porque n�o � muito recomend�vel jogar fora dois anos de mandato de prefeito da Capital para arriscar-se numa disputa acirrad�ssima, como se presume, ao Governo do Estado. Depois porque Luc�lio teve um bom desempenho nas urnas em 2014, superando o ex-senador Wilson Santiago e perdendo a disputa pelo Senado Federal apenas para o ex-governador Jos� Maranh�o (PMDB).

Mas, se os planos de Cartaxo s�o estes por que ent�o essa viagem “pol�tica” ao Sert�o pouco depois de se reeleger prefeito de Jo�o Pessoa? Em Sousa, o ex-petista fez quest�o de dar entrevistas tratando das elei��es de 2018, pregando a manuten��o da alian�a que sustentou sua recandidatura em outubro passado. A resposta � simples: Cartaxo sabe que n�o � “carta fora do baralho” e trabalha tamb�m com a hip�tese de encabe�ar a chapa das oposi��es.

Dentro da alian�a de 2016, que inclui PSDB, PP e PMDB, al�m do pr�prio PSD, pelo menos dois nomes fortes s�o cotados para disputar o Governo do Estado. Pela ordem, C�ssio Cunha Lima e Jos� Maranh�o. O senador Raimundo Lira � uma interroga��o porque, mesmo sendo do PMDB, se mant�m aliado do governador Ricardo Coutinho (PSB), advers�rio dos peemedebistas. Dificilmente mudar� de rumo.

C�ssio tem dito que poder� disputar a reelei��o. J� Maranh�o, trabalha intensamente para viabilizar-se como alternativa oposicionista na disputa pelo Pal�cio da Reden��o, mas enfrenta resist�ncias entre os aliados. A pre�o de hoje, portanto, Cartaxo n�o seria uma hip�tese descart�vel. E ele sabe disso. Mas, sabe tamb�m que esse projeto “alternativo” depender� de seu desempenho administrativo e, principalmente, da popularidade que mantiver at� 2018.

Ao contr�rio de C�ssio e Maranh�o, Cartaxo pode pensar ainda numa terceira e menos prov�vel conjectura: retomar a alian�a com o PSB do governador Ricardo Coutinho, que ainda n�o tem candidato definido � sucess�o estadual. Embora tenha descartado, durante a viagem ao Sert�o, o prefeito da Capital pode rever sua posi��o se encontrar resist�ncia ao seu projeto entre os aliados.

Para quem n�o lembra, a pol�tica � din�mica. Na Para�ba, principalmente.