RECONHECIMENTO: Leis aprovadas pela Assembleia Legislativa asseguram direitos dos trabalhadores paraibanos

O Dia do Trabalhador nunca fez tanto sentido quanto agora, durante a pandemia do novo coronavírus. A soma dos esforços de todos os trabalhadores, de todas as áreas, cumprindo a quarentena ou na linha de frente no enfrentamento da doença, tem refletido diretamente em resultados coletivos.

“Trabalhadores da saúde, garis, motoboys, caminhoneiros, profissionais da imprensa, segurança pública, entre outros, merecem todo o nosso reconhecimento e respeito. Todos estão dando sua contribuição pelo bem comum. E a melhor forma de honrar o esforço e sacrifício desses trabalhadores é ficando em casa, respeitando o isolamento social. Só assim vamos vencer esse desafio. Aos que estão em casa esperando o momento certo para voltar à ativa, o nosso agradecimento”, comentou o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) Adriano Galdino.

Mesmo antes da pandemia, a valorização dos trabalhadores paraibanos sempre fez parte da pauta de discussões na ALPB. “Só com a garantia de direitos é possível construir uma sociedade mais justa para todos”, destacou Galdino.

Para se ter uma ideia, no período de 2003 até este ano de 2020, foram cerca de 80 projetos aprovados pela Casa, focados, apenas, na rotina e nos direitos do trabalhador. Entre as leis em vigor, está a de número 10.672, que dispõe sobre a cassação da inscrição do ICMS de qualquer empresa que faça uso direto ou indireto do trabalho escravo ou em condições análogas à escravidão.

A Medida Provisória nº 243 também institui o Programa de Educação Profissional e Tecnológica do Estado da Paraíba – ParaíbaTEC, vinculado e em regime de colaboração, ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – PRONATEC da União, com finalidade de ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica na rede de ensino do Governo do Estado da Paraíba.

As iniciativas da Assembleia também se estendem aos jovens. A Casa indicou ao governo a criação e implementação do Programa de Qualificação rápida (com oficinas, cursos, workshops), com foco no empreendedorismo, novas tecnologias e economia criativa. Com ações voltadas para esse público, a Casa pretende aumentar as oportunidades de trabalho aos jovens, que ainda sentem dificuldades para conquistar o primeiro emprego e sua efetivação no mercado.

Mais do que um feriado nacional, o Dia do Trabalhador representa um marco na luta por melhores condições de trabalho. Por isso, a Assembleia Legislativa da Paraíba mantém o assunto em suas pautas, com a finalidade de possibilitar a consolidação de novas perspectivas de futuro para os trabalhadores ativos, bem como abrir novas frentes produtivas e, consequentemente, favorecer a criação de novos postos de trabalho.

Presidente do Senado quer congelar salários de servidores públicos atê dezembro de 2021

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apresentou nesta quinta-feira (30) uma nova versão do projeto que estabelece um socorro financeiro a estados e municípios durante a pandemia do novo coronavírus.

O texto condiciona a liberação de recursos aos governos locais ao congelamento do salário de servidores públicos até 31 de dezembro de 2021.

Entre outras medidas, o projeto diz que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios afetados pela calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 ficam proibidos de:

  • “conceder a qualquer título, vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e militares, exceto quando derivado de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior à calamidade pública;
  • criar cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa;
  • alterar estrutura de carreira que implique aumento de despesa”.

De acordo com a nova proposta, a União entregará, na forma de auxílio financeiro, aos Estados, Distrito Federal e Municípios, em quatro parcelas mensais e iguais, R$ 60 bilhões para aplicação em ações de enfrentamento à Covid-19 e seus efeitos financeiros.

Este valor é menor do que previa a proposta aprovada na Câmara sobre o mesmo tema. Para justificar a redução, o presidente do Senado citou em seu relatório que a dívida pública consolidada do Brasil está em torno de 80% do PIB, o que reduz a capacidade de endividamento.

“Por mais que concordemos que a Covid-19 impôs restrições financeiras graves aos estados e municípios, não podemos ignorar que as contas da União também sofreram impacto da pandemia”, justificou Alcolumbre.

O presidente do Senado também disse não concordar com o critério de rateio do dinheiro proposto pela Câmara. Na versão dos deputados, os recursos seriam repassados de acordo com a queda na arrecadação de impostos. Para Alcolumbre, o modelo favorece estados municípios mais ricos, ou seja, aqueles que mais arrecadam.

“Com esse objetivo, fomos a campo para negociar com o governo um montante justo e suficiente para auxiliar os Estados, Distrito Federal e Municípios a passar pela crise com capacidade financeira para desenvolver as ações de saúde e assistência que nos permita enfrentar e combater essa terrível doença. E, para tanto, chegamos a um valor total de R$ 60 bilhões, pagos em quatro prestações mensais, iguais e sucessivas”, afirmou Alcolumbre no relatório.

Além deste repasse, a versão apresentada por Alcolumbre estabelece a suspensão do pagamentos das dívidas contratadas entre União, estados, Distrito Federal e Municípios e a restruturação das operações de crédito interno e externo dos entes junto a instituições financeiras.

Critérios de divisão do dinheiro – O projeto estabelece que, dos R$ 60 bilhões previstos a estados e municípios, R$ 10 bilhões sejam destinados a ações na área da saúde e assistência social:

  • R$ 7 bilhões serão repassado aos estados. O critério de divisão será uma fórmula que considera taxa de incidência da Covid-2019 (60% de peso) e população (40% de peso);
  • R$ 3 bilhões aos municípios. O critério de distribuição será o tamanho da população.

A proposta determina que os outros R$ 50 bilhões serão entregues metade para estados e ao Distrito Federal, metade para os municípios.

Pelo projeto, os estados terão direito à seguinte fatia dos R$ 25 bilhões:

  • Acre – R$ 165.297.338,05
  • Alagoas – R$ 343.640.407,66
  • Amapá – R$ 133.829.571,56
  • Amazonas – R$ 521.928.489,91
  • Bahia – R$ 1.390.411.064,02
  • Ceará – R$ 765.684.452,39
  • Distrito Federal – R$ 388.848.130,68
  • Espírito Santo – R$ 593.651.101,46
  • Goiás – R$ 952.147.992,94
  • Maranhão – R$ 609.975.915,74
  • Mato Grosso – R$ 1.121.700.508,51
  • Mato Grosso do Sul – R$ 518.091.984,18
  • Minas Gerais – R$ 2.495.326.775,59
  • Pará – R$ 913.403.172,54
  • Paraíba – R$ 373.420.425,55
  • Paraná – R$ 1.430.878.884,20
  • Pernambuco – R$ 897.981.470,25
  • Piauí – R$ 334.006.694,61
  • Rio de Janeiro – R$ 1.673.519.769,80
  • Rio Grande do Norte – R$ 368.546.659,12
  • Rio Grande do Sul – R$ 1.621.147.551,82
  • Rondônia – R$ 279.335.655,45
  • Roraima – R$ 122.669.208,65
  • Santa Catarina – R$ 959.242.069,89
  • São Paulo – R$ 5.513.592.514,91
  • Sergipe – R$ 261.291.459,97
  • Tocantins – R$ 250.430.730,55

Segundo o relatório do presidente do Senado, a divisão acima é uma função de variáveis como arrecadação do ICMS, população, cota-parte do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e valores recebidos a título contrapartida pelo não recebimento de tributos sobre bens e serviços exportados.

Critério semelhante foi usado na divisão dos R$ 25 bilhões destinados aos municípios, destacou o presidente do Senado.

“A indexação de parte do auxílio emergencial ao número de indivíduos que testaram positivo para a Covid-19 estimula a aplicação de um maior número de testes, essencial para desenhar a estratégia mais adequada de enfrentamento à pandemia. Ao mesmo tempo, a distribuição de acordo com a população tem por objetivo privilegiar os entes que, potencialmente, terão maior número absoluto de infectados e doentes”, ressalta o relatório.

Projeto da Câmara – O projeto apresentado por Alcolumbre nesta quinta teve o aval da equipe econômica e é uma versão alternativa ao texto aprovado na Câmara dos Deputados há pouco mais de 15 dias (veja no vídeo abaixo).

Na proposta original, a ajuda aos entes federados estava vinculada à queda do recolhimento de ICMS e o ISS. Isso desagradou a equipe econômica. Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a recomposição integral das perdas de arrecadação seria um “cheque em branco” aos estados mais ricos.

Além desta recomposição que, segundo cálculos dos deputados, somaria R$ 80 bilhões em seis meses, a proposta da Câmara previa a suspensão do pagamento da dívida dos estados com bancos públicos, chegando a um impacto fiscal total de R$ 89,6 bilhões. Para a equipe econômica, o impacto seria de ao menos R$ 93 bilhões.

O governo fez críticas ao texto aprovado pelos deputados por entender que não havia exigência de contrapartidas em troca da recomposição dos impostos, além de prejudicar estados das regiões Norte e Nordeste, que normalmente arrecadam menos.

Assim, o governo articulou mudanças no projeto, que ficou sob relatoria do presidente do Senado.

Alcolumbre fixou em seu parecer que a reposição dos recursos perdidos pelos estados e municípios com os impostos será compensada por quatro meses e não seis, como estava no texto original.

De acordo com o presidente do Senado, a Casa pode votar no texto em sessão virtual já no sábado (2). Se aprovado, seguirá para análise dos deputados na Câmara.

Suspensão de dívidas – Conforme o relatório, estados e municípios poderão suspender o pagamento de dívidas com a União entre 31 de março e 31 de dezembro deste ano. Os valores que não forem quitados serão incorporados ao saldo devedor em 1º de janeiro de 2022. O projeto blinda estados e municípios de uma eventual inscrição em cadastros de inadimplentes.

A regra terá efeito também para dívidas anteriores a março que tenham sido suspensas por decisões judiciais, desde que o ente retire a ação da justiça.

Reestruturação do crédito – O texto estabelece que estados e municípios também poderão renegociar suas dívidas, domésticas e externas, junto a instituições financeiras. A condição imposta, neste caso, é a manutenção das condições financeiras previstas no contrato original.

“Para viabilizar o aditamento de contratos de dívida, bem como o aumento de despesas para fazer frente à mitigação dos efeitos do Coronavírus, o substitutivo afasta algumas das condições exigidas na LRF”, afirmou Alcolumbre em seu relatório.

Ele citou como exemplo a dispensa da apresentação de medidas de compensação em casos de aumento de despesas ou de renúncia de receitas.

“O afastamento de exigências da LRF, contudo, será restrito a atos de gestão orçamentária e financeira necessárias ao atendimento do Programa e se dá sem prejuízo da atuação de órgãos de fiscalização e controle”, acrescentou o presidente do Senado.

Com G1

DESCUMPRIMENTO DE DECRETOS: Procon fecha 52 estabelecimentos em João Pessoa

A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP)5 visitou 288 estabelecimentos comerciais e emitiu 108 notificações, das quais 52 apenas para fechamento imediato de empresas que não constam como serviço essencial e estavam funcionando, em desacordo com os últimos decretos emitidos pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). As publicações orientam a população quanto ao funcionamento dos estabelecimentos comerciais e regulam medidas de isolamento social provocadas pela pandemia do Coronavírus. As fiscalizações tem acontecido desde o início da quarentena, no mês de março deste ano.

Além da ação específica para garantir o cumprimento das medidas determinadas nos decretos municipais, as equipes do Procon-JP também emitiram 35 autuações desde o início da quarentena.

As 35 autuações emitidas pelo Procon-JP estão distribuídas entre supermercados e similares, farmácias e o comércio em geral. No caso de supermercados, a maior parte ocorreu devido à venda de carne pré-moída (proibida pela lei municipal 1851/2016) e descumprimento à legislação consumerista de uma forma geral. As autuações emitidas às farmácias foram devido ao preço considerado abusivo praticado na comercialização de máscaras e álcool 70%.

De acordo com a secretária Maristela Viana, a fiscalização do Procon-JP está averiguando as denúncias que chegam à Secretaria através do perfil oficial do órgão no Instagram (@proconjp) e dos telefones 0800 083 2015 e 3218-5720. Entre as empresas fechadas estão lojas do comércio varejista, locadoras de veículos, lanchonetes e lojas de doces, escolas de enfermagem, financeiras, academias de ginástica, lojas de cosméticos, salões de beleza e barbearias, óticas e concessionárias.

Supermercados e distribuidoras – “Há mais de um mês estamos na rua em um trabalho constante na defesa do consumidor, com as equipes de fiscalização se dividindo entre os vários segmentos do comércio para fazer cumprir os decretos que prevêem isolamento como forma de prevenir a proliferação do Coronavírus. Quanto ao aumento de preços de alguns produtos, assim como notificamos os supermercados para apresentação das notas fiscais, também cobramos das distribuidoras que atuam em João Pessoa para que justifiquem o aumento de preços de alguns produtos como feijão, arroz e açúcar”, explicou a secretária do Procon-JP, Maristela Viana.

Serviços essenciais – A secretária assegura que o Procon-JP vai continuar fiscalizando o cumprimento dos decretos da PMJP que têm o objetivo de prevenir e reduzir a proliferação do Coronavírus na Capital. “Vamos garantir que apenas os serviços considerados essenciais como supermercados e similares, farmácias, padarias e postos de combustíveis funcionem com atendimento ao público, mesmo assim com ressalvas”.

Os números:

288 visitas resultam em:
52 fechamentos de estabelecimentos comerciais
35 autuações
108 notificações
93 diligências

Atendimentos do Procon-JP na Capital
Telefones: 83 3218-5720 e 0800 083 2015
Instagram: @proconjp
Site: proconjp.pb.gov.br
Email: procon@joaopessoa.pb.gov.br

Com Secom-JP