O então prefeito de Pedras de Fogo, Dedé Romão, apostou todos as fichas na eleição do sobrinho, Lucas Romão, no ano passado. A vitória do parente poderia aliviar os efeitos do “inferno astral” que Dedé teria pela frente.
Mas, como na vida nem tudo acontece do jeito que a gente quer, “deu águia” na projeção de Dedé e o sobrinho acabou levando uma “surra” de votos do atual prefeito, Manoel Júnior.
A derrota nocauteou Dedé e sua família. Mas, foi apenas o início de suas penitências. Embora ainda com muito dinheiro, mas sem.mandato e sem poder, o agora ex-prefeito levou outra bordada, desta vez do Tribunal de Contas do Estado.
Sua prestação de contas de 2018 foi rejeitada por unanimidade na sessão da última quarta-feira (24). Dedé Romão foi condenado ainda a devolver aos cofres públicos municipais uma quantia superior a R$ 1,5 milhão, por irregularidades como contratos irregulares de locação de veículos, falta de comprovação do pagamento pelo uso de veículos e não recolhimento de contribuições previdenciárias no valor que chega a R$ 3,5 milhões.
Os relatórios da auditoria, do Ministério Público de Contas e do relator, conselheiro substituto Renato Sérgio, apontam muito.mais que isso.
A questão financeira certamente não terá muito efeito sobre o “bem aquinhoado” empresário, mas no aspecto moral Dedé Romão terá muitas dificuldades, por exemplo, para ostentar de agora em diante seu ultrapassado discurso político de honestidade e competência administrativa.
É como se diz lá no Carirí do ex-deputado Carlos Dunga: além da queda, o. coice!