Bancada governista pode “empurrar” segunda eleição da Mesa da Assembleia Legislativa para 2021

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O governador Ricardo Coutinho e seu sucessor, João Azevedo, ambos do PSB, não querem nem ouvir falar em disputas internas que coloquem em risco a unidade da bancada governista na Assembleia Legislativa da Paraíba. Tanto que, não por acaso, Azevedo mandou recado, recentemente, aos deputados da base assegurando isenção no processo de escolha da futura Mesa Diretora, mas, ao mesmo tempo, externando desejo de ver na cadeira hoje ocupada por Gervasio Maia um parlamentar “agregador”.

E João vem cumprindo o que disse. A quem lhe procura, o governador eleito tem recomendado que construa apoios dentro da base para consolidar sua candidatura a presidente da Casa. Foi assim com Tião Gomes, Ricardo Barbosa, Hervázio Bezerra, Adriano Galdino, Buba Germano, Branco Mendes, Jeová Campos e Edmilson Soares, entre outros.

De todos os postulantes, o primeiro a seguir “à risca” as recomendações do governador eleito foi Adriano Galdino. E se deu bem. Galdino conseguiu garantia de voto de doze colegas, ou seja, mais da metade dos 22 integrantes da futura bancada governista. Sem contar com votos que tem na bancada de Oposição. Não por acaso, ele praticamente se consolidou como “candidato único” a presidente na eleição prevista para 01 de fevereiro de 2019.

Os outros postulantes já admitem o favoritismo de Galdino e estão de olho no mandato seguinte, para o biênio 2021/2022. E com uma novidade: para evitar prejuízo à unidade da bancada governista, com uma eventual disputa interna, a eleição da Mesa pode ficar para janeiro de 2021. Tudo depende da votação da Proposta de Emenda Constitucional  13/2015, de autoria do deputado Ricardo Barbosa (PSB),

Apesar de tramitar na Casa desde 2015, a PEC não foi ainda votada por seu conteúdo polêmico. Ela prevê o fim da reeleição para o mesmo cargo dentro da mesma legislatura e também veda a antecipação da eleição da Mesa Diretora, ponto considerado mais complicado.

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Caso aprovadas, as alterações constitucionais impedirão, por exemplo, que o presidente eleito em fevereiro próximo seja reconduzido para mais um mandato, além de evitar que sejam eleitas as duas Mesas Diretoras (para os biênios 2019/2020 e 2021/2022) numa mesma data, ou seja, em 01 de fevereiro do ano que vem.

A PEC já passou pela CCJ. Falta apenas a Comissão Especial aprovar parecer do relator, Anísio Maia (PT), para ser encaminhada ao plenário. São necessários 19 votos para aprovação e o Governo conta hoje com 24 deputados, no mínimo. Não depende, portanto, dos votos da Oposição, onde alguns deputados simpatizam com as mudanças propostas.

Mas, independente da votação da PEC, os interessados em presidir a Assembleia no segundo biênio devem correr atrás de votos. Como fez Galdino para estar em situação tão privilegiada em relação à eleição para o primeiro biênio. Por serem todos da bancada governista, podem muito bem chegar a um acordo para composição de chapa. Se forem para o enfrentamento, a Oposição pode entrar no jogo.

Nesse caso, só quem sai perdendo é a Situação.

 

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