Em 2010, chovia de nomes para a vaga de vice de Ricardo Coutinho, diante da forte aliança firmada entre PSB, PSDB e outros partidos de Oposição. A vaga era tão cobiçada que Rômulo Gouveia sacrificou uma reeleição quase certa na Câmara Federal pela indicação.
Em 2014, a história foi diferente. Com um governo desgastado e o rompimento da aliança, Ricardo teve como adversário seu maior “cabo eleitoral” de 2010, o senador Cássio Cunha Lima, e penou para encontrar alguém que aceitasse a missão de ser seu vice. De última hora, recorreu à família Feliciano, que indicou Ligia para fechar a chapa. Mesmo assim, diante de muitas condições
Em 2016, o prefeito Luciano Cartaxo também fez uma forte aliança com vários partidos, entre eles o MDB, do senador José Maranhão, que indicou Manoel Júnior como vice.
Agora, em 2020, Cartaxo desprezou partidos e aliados importantes, incluindo o MDB, para impor a concunhada, Emília Freire, candidata à prefeitura de João Pessoa. A operação de “alto risco” acabou deixando o PV quase sem opções para a vaga de vice, já que a maior parte dos aliados abandonou o “barco da familia” e foi navegar em águas oposicionistas.
Cartaxo não teve outra saída a não ser repetir o gesto de Rcardo Coutinho. Recorreu à família Feliciano e botou o PDT na jogada. A indicação da jovem arquiteta e empresária Mariana, filha de Lígia e Damião, não apenas ‘tapa o buraco” que existia na chapa majoritária, como também evita que os Feliciano e seu partido debandem para a Oposição, seguindo o exemplo de outros.
Cartaxo fez agora exatamente o mesmo que Ricardo em 2014. A unica diferença é que o “Mago” e Lígia, sua vice, já tinham.na época o que chamamos de “bagagem eleitoral” e não eram mais “bancados” por padrinhos políticos.
Já Edilma e Mariana, que nunca foram testadas nas urnas, dependerão exclusivamente do prestígio eleitoral de Cartaxo e sua gestão que, cá entre nós, não é nenhuma “brastemp” como o prefeito tanto prega.