Se for mesmo confirmado o.rompimento político entre o ex-governador Ricardo Coutinho e seu sucessor, João Azevedo, o G11 deve se consolidar como base governista na Assembleia Legialativa. Até agora, o também chamado “bloquinho” tem se apresentado como grupo “independente”, ou seja, aliado do governo, mas sem obrigação de apoiar tudo que vier do Palácio da Redenção.
Diante do novo quadro, o G11 passaria a dar apoio integral à gestão estadual, contando inclusive com reforço dos deputados Adriano Galdino, Ricardo Barbosa e Pollyanna Dutra, integrantes da ala do PSB que ficaria ao lado de Azevedo.
Ricardo Coutinho ficaria apenas com os deputados Buba Germano, Hervázio Bezerra, Jeová Campos, Cida Ramos e Estela Bezerra, os cinco restantes da bancada socialista.
A grande interrogação estaria na bancada de Oposição, onde pelo menos parte demonstra simpatia ao governo de João Azevedo e não quer nem ouvir falar em Ricardo Coutinho, o mais prejudicado em caso de rompimento, pelo menos numericamente falando.
Com os votos da Oposição, João teria sua bancada ampliada em relação aos 24 que hoje integram a base de sustentação. Esse número poderia chegar a 31 deputados.
Uma mudança radical que partiria em pedaços o jardim girassol, mas, em compensação, daria a Ricardo Coutinho e seu grupo liberdade total para assumir de vez o comando das oposições na Paraíba.
Seria mais um caso de disputa entre cria e criador.
Nessas circunstâncias, João teria que mudar de partido. O Avante, de Genival Mathias e Tião Gomes, já estirou o tapete vermelho e deu as boas vindas ao governador.