O lder do governo bem que tentou. Correu atrs, conversou com deputados e at apresentou requerimentos. De nada adiantou. Por ltimo, Hervzio Bezerra focou suas entrevistas num apelo dramtico para que o emprstimo fosse votado, mesmo que o governo perdesse. Segundo ele, seria essa a maneira de evitar que “a corda esticasse” mais ainda, piorando a drstica relao entre Executivo e Legislativo.
No af de aprovar a proposta do governo e mostrar servio, Hervzio no percebeu o que todo mundo j sabia: a corda j havia esticado demais e estava a ponto de romper. Os deputados, incluindo alguns vinculados ao Palcio da Redeno, no digeriram os ataques de um funcionrio do governo. Tambm no gostaram das declaraes do governador e, muito menos, da presso de servidores da Cagepa que lotaram as galerias e fizeram manifestaes em frente Assembleia.
O deputado Tio Gomes, por exemplo, um um dos mais ardorosos defensores do governo, chegou a soltar que no gosta de muitas atitudes do governador Ricardo Coutinho. Nem seus colegas de bancada. Embora inconscientemente, Tio acabou revelando a frustrao do governistas diante do clima de guerra entre os dois Poderes.
O resultado da sesso de ontem no poderia ser pior. Para o governo e para a Cagepa. A votao do emprstimo foi adiado e no h garantia de que, na prxima semana, a matria seja aprovada. A menos que um dos lados da corda ceda, a tendncia de rompimento.