Joo Pessoa e Campina Grande concentram o maior volume de atendimentos mdico-hospitalares registrados na Paraba. Alm das demandas locais, so “sufocados” pelo grande fluxo de pacientes oriundos de outros municpios do interior do Estado. A grande maioria custeados pelo Sistema nico de Sade.
O prejuzo das duas grandes cidades no se resume ao congestionamento em seus sistemas de sade. Atinge tambm suas finanas. Os outros municpios, principalmente os menores, no estipulam limites para encaminhar pacientes aos hospitais pessoenses e campinenses, mas “esquecem” de repassar as Autorizaes de Internaes Hospitalares (AIHs), usadas para justificar o uso dos recursos recebidos do Sistema nico de Sade, do Governo Federal. Trocando em midos, Joo Pessoa e Campina fazem o atendimento e os municpios que encaminham os pacientes recebem por ele.
Mas, essa “amnsia” de prefeitos e secretrios municipais de sade pode estar com os dias contados. O Conselho Regional de Medicina aprovou resoluo e deve acionar o Tribunal de Contas do Estado para que verifiquem mais especificamente os gastos dos municpios com sade. Segundo o deputado Hervzio Bezerra (PSB), lder do governo na Assembleia Legislativa, a inteno do CRM saber o que exatamente fazem esses gestores com o dinheiro do SUS, j que esto usando o servio em outros municpios sem pagar a conta.
“Esse dinheiro (do SUS) no pode ser desviado para custeio de outras despesas.. Por isso, a importncia desse trabalho do Tribunal de Contas”, afirmou Bezerra.
Uma coisa certa: se houver mesmo essa fiscalizao muitas prefeituras vo economizar o combustvel que gastam diariamente para transportar pacientes a outros municpios.