Desde o inìcio do processo interno para escolha do candidato do PT à prefeito de João Pessoa que a deputada Cida Ramos bate na mesma tecla: “Acato qualquer decisão, desde que se respeite as regras definidas”.
Cida parecia estar prevendo a repetição do cenário de 2022, quando a base do PT de João Pessoa queria um candidato e a direção nacional empurrou “goela abaixo” o nome do ex-governador Ricardo Coutimho. O final da história, todo mundo conhece
Até agora, o PT nacional apenas sinalizou com essa possibilidade quando permitiu que o deputado Luciano Cartaxo “votasse ao jogo”, após ter desistido das prévias. Será que o tratamento seria o mesmo se Cida tivesse quebrado as regras ao invés do ex-prefeito da Capital?
A preferência da cúpula nacional por Cartaxo é tão nítida e lógica que o PT chegou a mudar o critério para escolha do candidato. No lugar das prévias, que Cartaxo não queria, mesmo determinadas pelo partido em todo o país, agora é uma pesquisa eleiitoral.
São ambos instrumentos democráticos de aferição. Mas, da mesma forma que Cida levaria vantagem na consulta interna, em tese, Cartaxo venceria a externa. As pesquisas divulgadas até agora mostram isso.
Então, está mais que claro o objetivo da mudança de critério. Caso contrário, Cida teria sido ungida candidata logo quando Cartaxo desistiu de participar das prévias. É o que manda a lógica. Mas, não a do PT
Diante de um cenário pouco promissor, a deputada resolveu reagir. Primeiro, divulgou uma carta pública explicando os acontecimentos no PT. O documento deve servir de base para futuras decisões.
Em seguida, em entreviata ao blog, resumiu sua indignação com o partido que tanto defendeu em praça pública e no parlamento: “Lutei a vida inteira por democracia. Não poaso agora aceitar tudo isso e jogar meu passado no lixo. Tô fora!”.
Cida não usou “todas as letras”, mas deixou transparecer que “não contem com ela” para a campanha de João Pessoa. Como “para o bom entededor, meia palavra basta….”
Na melhor das hipóteses, a deputada deu um “tchau, tchau” ao PT
Então, até 2026.