O suplente no exercício do mandato, Lindolfo Pires (Podemos), enfrenta uma “maré baixa” desde outubro do ano passado, quando perdeu a eleição e não conseguiu retornar à Assembleia Legislativa da Paraíba, apesar dos altos “investimentos” de campanha.
Lindolfo conseguiu, depois de muitos apelos e paciência, assumir o mandato após operação montada pelo governador João Azevedo (PSB), que não aguentava mais tantas cobranças. Contou, para tanto, com a solidariedade dos deputados Hervázio Bezerra (PSB) e João Gonçalves (Podemos).
Os dois parlamentares aceitaram ser secretários estaduais para permitir a ascensão do Pastor Juthay Menezes (PRB) e de Lindolfo Pires, os primeiros suplentes, pela ordem, de uma das coligações que apoiaram Azevedo.
Com o iminente rompimento político entre o atual governador e seu antecessor, as acomodações podem mudar de rumo. Lindolfo é ligadíssimo ao ex-governador e, apesar de não ser do PSB, teria sido nomeado na cota de Ricardo Coutinho. Sendo assim, uma das primeiras medidas de João Azevedo seria o retorno de Hervazio e João Gonçalves à Assembleia Legislativa.
Hervazio responde pela pasta de Esportes e Gonçalves pela Articulação Política. Os dois só aceitaram se licenciar para viabilizar a volta de Lindolfo à Casa de Epitácio Pessoa. É o vai e vem do jogo político.
Depois de dançar “na boquinha da garrafa”, fato que gerou ampla repercussão negativa nas redes sociais e na mídia, Lindolfo pode agora “dançar” também no mandato e voltar à suplência.
Talvez no carnaval de 2020, o parlamentar sousense volte a fazer sucesso.