De acordo com o Índice de Necessidade de Creche (INC), mais de 5 milhões de crianças de 0 a 3 anos precisam de vaga em creche por serem de famílias pobres, com apenas um responsável ou porque a pessoa cuidadora é economicamente ativa, ou teria potencial para ser. Isso significa que pelo menos 1,2 milhão dessas famílias precisam e não encontram vagas na creche.
“A Educação Infantil é a etapa mais esquecida pelo Poder Público no Brasil. Sequer existe acesso. Um crime que cometemos a cada geração. Vou sempre lutar para o Governo Federal se comprometer mais com essa etapa. Repito como um mantra aquilo que é minha principal crença: “se o Brasil salvar uma geração, essa geração salva o Brasil”, avalia o deputado.
De acordo com Pedro, cada creche terá R$ 3,1 milhões para a construção. Elas serão localizadas nos municípios de Campina Grande, Santa Rita, Bayeux, Taperoá, Camalaú e Massaranduba. Seguindo o modelo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), elas terão o ‘Tipo 1’; nesse projeto, a creche tem capacidade de atendimento de até 376 crianças, em dois turnos (matutino e vespertino), ou 188 crianças em período integral.
Pedro reforça que a primeira infância é uma das fases mais importantes da vida de uma pessoa, e além da educação, o papel das unidades de ensino é contribuir para a construção do indivíduo. “Não tem como falarmos de infância sem falar de educação, mas a creche vai além disso. Ela contribui para a socialização, o afeto, a troca de conhecimentos e culturas. É o primeiro momento fora do núcleo familiar. Toda criança deve ter direito a uma educação de qualidade e é isso que estamos buscando, investindo já no começo da vida para ver os frutos futuramente”, aponta.
Pesquisa – Um estudo feito pelo Comitê Científico Núcleo Ciência Pela Infância aponta que quanto maior o déficit produzido no desenvolvimento, mais custoso é remediá-lo posteriormente. Conforme a análise, as desigualdades produzidas na primeira infância contribuem significativamente para a desigualdade social na vida adulta. “Crianças que tiveram menos oportunidades de desenvolvimento tornam-se, com maior probabilidade, adultos pobres, produzindo o fenômeno conhecido como ciclo intergeracional da pobreza”, diz a pesquisa.
Com Assessoria